Agricultura

Milho: as melhores práticas para o plantio

A presença da doença nos últimos anos vem aumentando em todas as regiões produtoras, até pelo potencial de reprodução da cigarrinha. Sua propagação pode se intensificar em áreas com plantio permanente de milho, como uma sequência de milho verão, milho safrinha, milho semente, milho pamonha e milho verde.

São dois os principais tipos de enfezamento que podem ocorrer no cultivo do milho, o pálido (Spiroplasma) e o vermelho (Phytoplasma), ambos causados por micr-organismos transmitidos por molicutes. A transmissão e proliferação dessas doenças é feita pela cigarrinha Dalbulus maidis, ao sugar a seiva das plantas. Dessa forma, o inseto representa dois riscos, um por se alimentar das plantas e na formação de fumagina e outro por ser o vetor de transmissão do enfezamento. 

Esses microrganismos transmitidos pela cigarrinha causam distúrbios fisiológicos, nutricionais e bioquímicos nas plantas, pois se concentram exatamente no floema, estrutura composta por tecidos e vasos que é responsável pela circulação da seiva elaborada. Ou seja, os molicutes impedem que a planta se “alimente” corretamente. 

A situação fica ainda mais complicada porque os sintomas se agravam quando o metabolismo da planta é mais intenso, como nas etapas de produção, polinização e formação de grãos. Em períodos mais quentes, esse metabolismo é intensificado, o que potencializa o aparecimento das consequências da doença. 

No enfezamento pálido, surgem estrias esbranquiçadas que vão da base até o ápice das folhas. Também ocorre o encurtamento do internódio, impedindo que a planta cresça o quanto poderia. No vermelho, essa é a coloração que toma conta das folhas, que ficam secas a partir das margens. 

Outros sintomas são a ocorrência de brotos axilares, aumento do perfilhamento e proliferação de espigas. Nas duas situações pode haver ainda a má formação de raízes, o que tira a sustentação das plantas e provoca acamamento ou tombamento. Vale o alerta de que uma mesma planta pode apresentar os dois tipos de enfezamento. 

A combinação do tratamento de sementes com a aplicação de inseticidas foliares tem sido uma solução importante para conter a proliferação do inseto e, consequentemente, da disseminação do enfezamento. O manejo integrado de pragas (MIP) também vai ajudar a controlar a ação das cigarrinhas, assim como a escolha de híbridos com algum grau de tolerância ao problema. É importante o agricultor ter em mente que uma única tecnologia não será suficiente para controlar a praga e a doença de forma eficiente, isso somente acontecerá pela integração de soluções.

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