Agricultura
Controle de plantas guaxas de milho na cultura da soja
Quando houver duas ou três plantas da cultura do milho por m², a redução da produtividade na cultura da soja pode chegar em até 50%
Danilo Carvalho - ESALQ-USP
A agricultura brasileira vem cada vez mais procurando intensificar seus cultivos. O sistema produtivo soja - milho, com consecutivas safras, e como segunda semeadura do milho chamada de “milho safrinha” (Artuzi & Contiero, 2006; Petter et al., 2015). Quando uma planta de milho RR® emerge durante o desenvolvimento da cultura da soja RR® se torna uma planta invasora, denominada voluntária, tiguera, resteva e/ou guaxa (ADEGAS et al., 2014; SILVA, 2014), se comportando como uma planta daninha, competindo por luz, água e nutrientes (MARQUARDT et al., 2013).
De acordo Rizzardi et al. (2012), quando houver duas ou três plantas de milho por m², a redução da produtividade de soja pode chegar em até 50%. Segundo Becker & Stoller (1988), a presença de milho RR® interferem fisicamente na colheita da soja e seus grãos podem contaminar a soja colhida se este permanece no campo até a colheita, além de serem hospedeiras de pragas e doenças.
Deste modo em lavouras de soja com a presença do milho guaxo a aplicação do principal produto glifosato fica inviabilizado deste modo podemos recorrer como a principal opção de controle químico a utilização de herbicidas com mecanismo de ação de inibição da ACCASE (SCHNEIDER et. al, 2011) no momento da dessecação e em pós emergência da soja, além de serem opção para controle de plantas daninhas resistentes ao glifosato como capim amargoso ( Digitaria insulares), capim pé-de-galinha ( Eleusine indica ).
Assim a utilização de ações preventivas como: evitar perdas na colheita, manejo correto e monitoramento das plantas guaxas, pois seu desenvolvimento pode ser desuniforme (assim identificando possíveis aplicações em pós emergência da soja), é extrema importância para evitar perdas de produção e injurias na cultura da soja.