Agricultura
Tudo que você precisa saber sobre a buva na soja | BASF
As plantas daninhas estão entre os fatores que mais afetam a produtividade e a rentabilidade da cultura da soja. Entre essas ervas, uma das mais importantes e preocupantes aos sojicultores é a Buva.
Considerada uma das plantas daninhas que mais ataca lavouras de soja em todo o Brasil, a Buva, quando não controlada, pode causar perdas de até 90% do rendimento das plantações da cultura.
Isso acontece devido a matocompetição com as plantas de soja por elementos básicos para o bom desenvolvimento da cultura, como água, luz solar, nutrientes e espaço no solo.
Além disso, a planta daninha adapta-se facilmente em qualquer ambiente e se reproduz muito rápido e em grandes quantidades, o que dá vantagens frente às outras culturas, como é o caso da soja.
A presença da planta no campo também representa aumento nos custos de produção dos sojicultores, reduzindo a quantidade e qualidade dos grãos e tornando a cultura mais vulnerável às pragas e aos patógenos causadores de doenças.
Diante dessa situação, o controle da Buva é bastante importante na cultura da soja. Continue a leitura e confira como essa planta age no solo e quais as principais formas de combatê-la.
Principais características da buva
De acordo com a Embrapa, a Buva é uma erva anual com alta capacidade de produção de sementes (mais de 200 mil por planta), que são facilmente disseminadas pelo vento a quilômetros de distância da planta mãe.
Várias espécies diferentes da Buva são identificadas em lavouras de soja. As principais são a Conyza bonariensis, Conyza sumatrensis e a Conyza canadensis.
Elas são facilmente notadas por sua estrutura, com apenas uma haste ereta, que pode alcançar até 150 cm de altura.
Controle da buva nas lavouras de soja
O manejo da Buva na soja precisa começar antes mesmo da planta aparecer nas lavouras, com o plantio de culturas na entressafra, técnica que garante a cobertura do solo e, consequentemente, a sua proteção.
O trigo, o centeio, a brachiaria e a aveia são ótimas opções para evitar o pousio da área e garantir a proteção do ambiente contra a Buva. Aliado a isso, é preciso fazer a aplicação preventiva de herbicidas na dessecação pré-semeadura, evitando que a Buva se reproduza dentro do ambiente de produção da soja.
Antes do plantio da soja, o produtor deve fazer o mapeamento da área para a escolha do melhor manejo a ser adotado, seja ele mecânico ou químico.
No manejo químico é muito importante escolher o produto de acordo com as condições da área, o tamanho das plantas e o estádio em que se encontram. Isso é válido para o manejo de daninhas em qualquer cultura. Segundo a Embrapa Soja, quanto mais cedo for feito o controle da Buva, melhores serão os resultados obtidos. Isso porque a planta é mais sensível no estádio inicial de desenvolvimento, que ocorre normalmente na entressafra e/ou no período de inverno.
Checklist para um manejo de sucesso
Para garantir que o controle, ou até mesmo o combate da Buva, seja efetivo, a Embrapa Soja indica algumas ações que devem ser seguidas à risca pelo produtor:
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Evite a aplicação seguida do mesmo herbicida
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Monitore constantemente a lavoura
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Faça a retirada manual das ervas resistentes aos defensivos
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Implante um sistema de rotação de culturas
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Mantenha maquinários e equipamentos sempre limpos
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Realize um manejo constante da buva e não apenas na pré-semeadura
Conforme Dionisio Luiz Pisa Gazziero, engenheiro agrônomo pesquisador da Embrapa Soja e especialista em daninhas, o manejo de plantas daninhas é eficiente quando feito antes do plantio da soja e não apenas quando as plantas já estão presentes no campo.
“Para que as daninhas não interfiram na lavoura, todo plantio deve ocorrer em solo totalmente limpo. Se não controlá-las antes de plantar a cultura, os herbicidas não darão conta das plantas que já estão desenvolvidas. Por isso, é preciso controlar antes, durante e depois do plantio, ou haverá perdas na produtividade e na qualidade do grão”, alerta.
Para ter sucesso no combate às plantas daninhas, conte com a consultoria de seu técnico ou engenheiro agrônomo de confiança.