Agricultura
Saiba como identificar a antracnose na soja | BASF
Apesar de ser extremamente nociva à lavoura de soja, a antracnose é de fácil visualização e percepção. Porém, segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), sua presença só é notada a partir da fase de frutificação do fungo. Na soja, a contaminação pode ocorrer durante todo o ciclo.
Antes dos seus sinais mais evidentes, os sintomas da doença, causada pelo fungo Colletotrichum truncatum, podem ser verificados nas folhas da soja, que também passam a ter estrias e manchas escuras em suas bordas. Normalmente, as partes infectadas começam a apresentar pontos escuros.
Nos casos mais avançados, as folhas chegam a ficar cobertas de pontuações. Isso indica que o fungo está se desenvolvendo e que já está com frutificações, ou seja, acérvulos. Além das folhas, as sementes exibem manchas com uma castanho-escuras, que dão a impressão de podridão.
Em casos mais graves, que a doença já se instalou por toda a plantação, ou por praticamente quase toda sua extensão, as folhas ficam secas e começam a cair. Além disso, as folhas mais velhas ficam praticamente todas necrosadas e suas hastes e pecíolos passam a ter manchas escuras, “que podem exibir uma massa de cor salmão constituída pela frutificação do fungo”, conforme a Embrapa.
Nas vagens, a antracnose se manifesta com danificações em formatos de círculos e elipses, de cor esbranquiçada com pontos negros. Em fases mais avançadas, seu fungo pode provocar, ainda, fissuras (pequenas rachaduras) nas vagens da soja.
É devido a esse alto poder destrutivo nos grãos que a antracnose causa tanto pavor entre os agricultores. Ela provoca a queda de flores e vagens e prejudica a qualidade dos grãos de soja, o que impacta na comercialização.
Como se prevenir
Para diminuir as chances da antracnose nas lavouras de soja, o produtor deve utilizar sementes sadias e certificadas. Além disso, mesmo tendo a certeza do uso de sementes de boa qualidade, é indicado que seja feito o tratamento delas com os fungicidas específicos.
Outra opção para prevenir a lavoura da doença é a rotação de culturas. Pois, ao alternar o plantio de diferentes espécies, o produtor diminuirá as chances de desenvolvimento e contaminação do solo.