Agricultura

10 motivos para plantar soja

Hoje o Brasil é o maior produtor mundial de soja. Sozinho produz, em média, 140 milhões de toneladas do grão. Diante desse rendimento e do destaque internacional, a importância da cultura vem aumentando ano a ano e, consequentemente, suas funcionalidades e até mesmo as exportações. 

 

Frente a esses fatores, muitos produtores começam a investir no cultivo da soja. Exemplo disso é o aumento do número de pessoas trabalhando diretamente com a cultura no país. 

Diante desse cenário, muitos se questionam para onde vai toda essa soja e se, de fato, seriam necessários tantos investimentos na cultura, que tem seu valor cada vez mais alto no mercado. 

 

A resposta para essas questões é simples. Existe espaço para o cultivo da soja e, inclusive, há projeções que apontam para um aumento de área e produção do grão. Isso porque, cada vez mais, a ciência tem encontrado formas de utilizar o grão, seja na alimentação, seja na produção dos biocombustíveis. 

Sabendo disso, os consultores da BASF listaram 10 motivos que mostram porque vale a pena produzir soja. Confira.

1. Grande demanda internacional 

Depois de o Brasil ter se tornado o país que mais produz soja em todo o mundo, o mercado da soja se aqueceu, a área de plantio continua aumentando e já ultrapassa os 40 milhões de hectares. 

Com isso, os volumes de exportações aumentaram. Um exemplo são as negociações realizadas em 2021. Conforme relatórios da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), no ano passado foram exportados mais de 86 milhões de toneladas do grão. 

 

Esse dado demonstra não só uma boa colocação do Brasil no mercado externo como também sinaliza para a forte aliança com a China, uma vez que o país mantém negócios altamente rentáveis aos sojicultores brasileiros. 

Diante desse cenário, foi natural o aumento de pessoas empregadas na atividade. No ano passado, conforme o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), 502.519 pessoas foram contabilizadas atuando na sojicultura diretamente no cultivo do grão. Já em 2020, esse número era de 439.251 pessoas, cerca de 14% a menos.

2. É uma commodity

Por ser uma commodity agrícola, pode ser produzida em larga escala, armazenada por um longo período de tempo e negociada a preços de escala global. Com isso, a cotação é feita em dólares, sendo que uma saca de 60kg está sendo comercializada, em média, por R$180, de acordo com cotação da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) em março deste ano. 

 

Esse valor atraente aos produtores é reflexo da alta demanda do grão, tanto no mercado interno quanto no mercado externo. Isso porque a soja tem se tornado um produto versátil, ou seja, se mostrado como uma opção para diversas frentes. 

 

Além disso, o Brasil é um país que, ao longo dos últimos anos, conseguiu adaptar a cultura à diversidade de solos e climas de cada região. Por isso, a cultura pode ser produzida de Norte a Sul, em grande escala e com um valor de investimento acessível aos produtores, uma vez que seu preço de produção é bem menor do que o de outras fontes de proteína como a carne, por exemplo.

3. Teor elevado de óleo

O que determina o valor comercial de um grão são características como teor de proteína e teor de óleo. Ou seja, quanto maior o percentual, maior a procura e o valor do produto. 

De acordo com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o grão da soja tem em sua composição, normalmente, 40% de proteína, 21% de óleo, 34% de carboidrato e 5% de cinzas na base seca. 

Com essas proporções, a soja é bastante procurada porque é um grão que pode ser utilizado na alimentação e na produção de biocombustíveis. Assim, torna-se uma cultura bastante relevante para o mercado.

4. Utilizada na alimentação e como biocombustível  

Com mais de 60% de sua composição formada por proteínas e óleos, a soja é um grão de grande importância na alimentação. Seu óleo, por exemplo, é um subproduto rico em ácidos graxos, ômega 3, vitamina E, A, B e C e minerais como potássio, cálcio e ferro.  

 

Além disso, a proteína do grão é bastante indicada na alimentação, principalmente dos veganos, já que é um alimento saudável e funcional. Seu consumo também é muito positivo na redução dos níveis de colesterol. 

Hoje a soja é consumida em forma de farinha, grãos, carne de soja, leite de soja, molhos e até mesmo em iogurtes e queijos. Já o farelo, outro subproduto, é muito utilizado na alimentação animal, como rações. 

 

Por fim, a soja também pode ser empregada na fabricação de biocombustíveis, em que é a principal matéria-prima, correspondendo a mais de 70% de sua extração, conforme um dados da Associação Nacional de Petróleo (ANP). Uma vez que possui ampla extensão territorial de cultivo e pode ser armazenada por longos períodos.

 

Por mais que existam outras matérias-primas para a produção de biocombustível, “a soja é uma realidade concreta no que diz respeito à estrutura de processamento, escala de produção e domínio tecnológico, o que lhe confere vantagem comparativa para atender demandas futuras do mercado de biodiesel”, pontua a Embrapa

5. Alta rentabilidade

Ao longo das últimas safras, a soja se tornou um produto bastante requisitado no mercado, tendo seu preço comercializado em alta. O que tem tornado um produto mais rentável do que outras culturas, como o milho, o trigo e o arroz. 

 

Aliado a isso, os sojicultores começaram a ver as margens de lucro aumentando como nunca antes. Exemplo disso, ao fim da colheita da safra 2019/2020, produtores registraram um aumento de até 41% em seus rendimentos finais, conforme analisa a Sociedade Nacional de Agricultura (SNA). 

 

Esse cenário continua presente no mercado nacional e internacional. Porém, condições climáticas, como o longo período de seca e estiagem registrado na safra de 2020/2021, além do aumento dos custos de insumos podem impactar nesses rendimentos. Ainda assim, com a manutenção das cotações do dólar em bom patamar e a alta demanda pela soja, os lucros continuam bem maiores que em safras anteriores. 

6. Pode ser cultivada em todas as regiões do Brasil

Com um cultivo adaptado e de ciclo curto, que permite a inclusão de uma segunda safra no calendário em algumas regiões, a soja pode ser cultivada em lavouras de todo o país, desde que respeitadas as características de cada região. 

Na busca por maior extensão territorial disponível para a produção da soja, entidades como a Embrapa, desenvolveram técnicas para tornar os diferentes tipos de solos do país prontos para a cultura.

 

Aliado a isso, houve a mecanização na agricultura, o desenvolvimento de cultivares específicas para cada região e o incremento de ferramentas e tecnologias agrícolas cada vez mais eficientes. 

Entre os estados brasileiros, Mato Grosso é o maior produtor de soja. Segundo um levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em 2021 o estado havia produzido 35.947 milhões de toneladas de soja.  Paraná, Rio Grande do Sul e Goiás também se destacam nos índices de produção.

7. Fixa nitrogênio no solo

Outra característica da leguminosa é a capacidade de fixação biológica de nitrogênio (FBN) —  um processo, assim como a fotossíntese, considerado de extrema importância para o meio ambiente por converter o nitrogênio do ar em nutriente para as plantas. 

 

“Trata-se de uma verdadeira "fábrica", capaz de suprir várias leguminosas como a soja, dispensando a adubação química nitrogenada. Esse é um processo que viabiliza a produção dessa cultura nos trópicos e também é de grande importância na agricultura de baixa emissão de carbono”, explica a Revista Cultivar

8. Tendência para o futuro

Além da alta demanda dos subprodutos da soja para a alimentação de humanos e para a ração de animais, as tecnologias a favor da cultura e os incentivos governamentais aumentaram ao longo dos anos.

Isso acontece porque a soja se tornou um produto rentável e importante no cenário nacional e internacional. Como consequência, teve uma significativa valorização. Por isso, a tendência é que a produção de soja e sua área de cultivo aumentem no futuro, assim como as facilidades para seu cultivo.

9. Conta com biotecnologias na otimização da produção

Hoje o produtor de soja conta com uma infinidade de biotecnologias a favor de sua lavoura. Com elas, é possível aumentar a resistência das cultivares às doenças, pragas e ervas daninhas. Como consequência, também é possível garantir uma produção rentável e de alta produtividade. 

 

Além disso, com o uso de biotecnologias, o sojicultor acaba contribuindo para a conservação do meio ambiente, uma vez que possibilita menor uso de produtos químicos e aumento da produção de subprodutos como os biocombustíveis.

Essas tecnologias, grandes aliadas dos sojicultores, também são responsáveis pelo aumento da rentabilidade e produtividade da soja.

10. Número elevado de especialistas atuando no cultivo

Devido ao crescimento da produção de soja no Brasil e da exportação do grão, o número de profissionais especializados na cultura aumentou. Isso significa mais opções de auxílio na tomada de decisão e mais inovações. 

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