Agricultura

Como identificar a qualidade da semente de soja?

O Brasil é o maior produtor mundial de soja. Com mais de 43 milhões de hectares de área destinados ao cultivo, produz mais de 150 milhões de toneladas por safra. Para continuar entre os grandes produtores e exportadores, é preciso garantir a produção de grãos de qualidade.  

Para isso, é fundamental assegurar que todos os processos do ciclo fenológico da cultura ocorram como o esperado. Essa atenção especial começa com a escolha das sementes das diferentes cultivares. 

Isso porque, após semeadas, enfrentam inúmeras situações que podem levar a perdas totais de uma lavoura, como a presença de doenças, o ataque de pragas e as questões de variação climática e ambiental. 

Sabendo disso, é importante escolher sementes ideais e com alta qualidade de cultivares recomendados para a sua região de plantio.

O que é uma semente de soja de qualidade

Cultivares de qualidade possuem características fundamentais para a formação de grãos cheios e produtivos. Entre esses atributos, os mais importantes são o alto vigor, o grande potencial germinativo, as ótimas condições físicas, a pureza e a resistência às principais pragas e doenças.

Como identificar a qualidade da semente de soja

A exigência do mercado por uma soja de qualidade vem contribuindo para a produção de sementes com características cada vez mais adaptadas para o plantio em qualquer região, sem que ocorra perda de produtividade. 

Então, se torna fundamental saber identificar a qualidade de uma semente. Isso pode ser avaliado por meio dos quatro atributos principais de uma cultivar: físicos, genéticos, sanitários e fisiológicos. 

Para comercializar sementes, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) estabelece que o produtor deve submetê-las a uma série de testes logo após a colheita dos grãos, a fim de verificar e garantir uma semente de boa qualidade. 

 

Para que as avaliações ocorram como o esperado, indicam-se algumas ações: 

 

  • Coleta de uma amostra pequena e homogênea de sementes. 

  • Análise de pureza sobre os grãos coletados. 

  • Investigação sobre a presença de misturas, outras cultivares na amostra.

  • Avaliação do vigor e potencial germinativo das sementes.

  • Teste de Tetrazólio para indicar a viabilidade ou não das cultivares. 

  • Determinação do grau de umidade.

  • Teste de sanidade das sementes.

 

Essas e outras verificações são feitas em laboratórios licenciados pelo Mapa. Para saber mais sobre esse processo, acesse o documento completo sobre as Regras para Análise de Sementes (RAS).

Durante a secagem, o beneficiamento, o armazenamento e até mesmo após o Tratamento de Sementes Industrial  (TSI), as verificações de umidade, presença de pragas e de teores de germinação e vigor também devem ser realizadas.

Análises feitas a campo

Apesar da maioria dos testes serem realizados em laboratórios, os produtores podem identificar a qualidade de suas sementes no campo. Para isso, é necessário seguir alguns passos. Confira algumas dicas da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

 

  • Utilize terra de um solo saudável. 

  • Plante sementes a 3 cm de profundidade.

  • Faça quatro amostras com 100 sementes. 

  • Deixe um bom espaçamento entre as cultivares. 

  • Colete sementes aleatórias para a análise. 

 

Os padrões fisiológicos da amostra da lavoura poderão começar a ser analisados em dois momentos, no 5º e no 15º dia após a semeadura. Os testes permitem verificar o vigor e a média de germinação das plantas.

Importância das análises

Os testes realizados, preferencialmente em laboratórios, garantem que plantações futuras não sejam infectadas por patógenos e pragas ou sofram com a falta de material genético. Eles também servem para identificar eventuais problemas que podem ocorrer no campo com falta de germinação, por exemplo.

Leia mais:

Conheça as soluções da BASF para este cultivo: