Agricultura

O que causa a quebra da haste da soja?

O fenômeno silencioso, porém bastante devastador, ainda não tem um agente causal específico, há apenas possibilidades do que pode provocar sua ocorrência. 

De acordo uma pesquisa feita pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), a quebra das hastes da soja pode ocorrer por vários motivos. 

No entanto, alguns fatores são mais comuns  — deficiência de nutrientes na planta, sistema de plantio direto e semeadura em determinados períodos. Confira a seguir, algumas dicas de como prevenir a soja do quebramento foliar.

Quantidade ideal de macro e micronutrientes na soja

Para que a cultura se desenvolva adequadamente, garantindo a boa produtividade ao fim da safra, ela precisa contar com a quantidade necessária de nutrientes. Seja em seu interior, seja no solo. 

Por isso, plantas de soja precisam contar com os macro e micronutrientes. Sendo os primeiros necessários em maior quantidade e os segundos em menor quantidade, porém de extrema importância para o crescimento e desenvolvimento das plantas


Na categoria dos macronutrientes necessários à soja estão os orgânicos, compostos por carbono (C), hidrogênio (H) e oxigênio (O); e os minerais (inorgânicos), compreendidos por fósforo (P), magnésio (Mg), enxofre (S), cálcio (Ca), nitrogênio (N) e potássio (K). 

Com relação aos micronutrientes, os principais exigidos pela soja são boro (B), ferro (Fe), zinco (Zn), cobre (Cu), manganês (Mn) e molibdênio (Mo). 

Sem esses nutrientes, a planta não se desenvolve adequadamente e acaba tendo que retirar alimento de outro lugar. Nesse caso, do solo ou da cultivar, que já contam com nutrientes. 

 

Porém, isso só funciona até que a planta se torne maior e cheia, pois a partir dessa fase, ventos ou chuvas fortes serão o suficiente para a haste quebrar. 

Portanto, mesmo crescendo, uma planta com quebramento não tem nenhum potencial produtivo. Por isso, se torna um fenômeno tão importante na soja. 

Para verificar se os teores de nutrientes estão em equilíbrio, produtores devem realizar a análise do solo e análise foliar nas plantas. 

Cuidados com o sistema de plantio direto

Conforme um levantamento feito pela Embrapa em áreas afetadas pelo quebramento no Paraná, o sistema de plantio direto precisa ser avaliado muito bem antes de ser realizado. 

Pois “a qualidade desse sistema é dependente da rotação de culturas e do manejo de resíduos na superfície do solo, do nível de compactação do solo e do equilíbrio nutricional”.


Ou seja, se não for realizado de maneira correta, não trará benefícios à planta. Por isso, alguns cuidados precisam ser tomados, como: 

  • Realizar a análise de solo e as correções necessárias;

  • Garantir um solo fértil e com pH ideal para o desenvolvimento das plantas;

  • Trabalhar no combate das plantas daninhas; 

  • Fazer uso de produtos químicos para prevenir pragas e doenças;

  • Revolver o solo quando necessário. 

 

Além disso, é preciso manter a palhada sob o solo, pois regiões com palhada são mais nutritivas e armazenam mais água, por isso, têm poucos problemas de ressecamento de planta.

Época ideal para a semeadura da soja

A semeadura das cultivares no período ideal é essencial para uma safra rentável e altamente produtiva. 

Por isso, conforme a Embrapa, semeaduras fora do período indicado podem afetar não só o tamanho das plantas como o ciclo e o rendimento. Ou seja, ocasionam em perdas na colheita. Confira o plantio ideal para cada região:  

Centro-Sul

Nessa região, a época de plantio vai de 15 de outubro a 15 de dezembro. Porém, o melhor rendimento da cultura acontece quando as variedades são semeadas entre o fim de outubro e o fim de novembro.

Centro-Oeste e cerrado

Nessas áreas, o período ideal para o plantio da soja é a partir da metade de outubro indo até 10 de dezembro. No entanto, até meados de novembro os resultados obtidos na safra são os melhores.

Norte e Nordeste

Por se tratar de duas regiões do país com alta incidência de chuvas, o período de semeadura mais indicado para a soja sofre alterações de acordo com o estado. 

Por isso, produtores dessas áreas devem conhecer muito bem o clima local e contar com um agrônomo de confiança para auxiliar nesse processo.  

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