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Agricultura

Como identificar e controlar a mancha-angular no feijão

A mancha-angular é causada pelo fungo Pseudocercospora griseola e ataca a parte aérea do feijoeiro. Embora apareça em lavouras de todas as regiões produtoras, devido ao clima sua presença tem se intensificado nos estados de Paraná, Minas Gerais, Goiás e São Paulo. Tem alto potencial de estragos, chegando a causar redução de até 80% na produtividade, sob condições que favoreçam o patógeno e se nenhuma forma de controle for adotada. E quanto mais cedo surgir na cultura, pior será. 

A doença é favorecida por temperaturas mais elevadas e a maneira mais comum de disseminação é pelo vento. Uma característica que aumenta sua persistência nas plantações é o fato de sobreviver em hospedeiros alternativos e em restos de cultura – neste caso, por até 19 meses. Seus sintomas podem aparecer em folhas, caule e vagens. 

As lesões são distintas para cada tipo de folha. No caso das primárias, surgem em formato circular e com coloração marrom ou castanha. Nas trifolioladas, a cor vai de cinza a marrom-escuro, contornadas por um halo amarelo, e geralmente são angulares delimitadas pelas nervuras. O nome de mancha-angular vem exatamente dessa característica. 

Os sintomas aparecem com mais evidência quando as plantas estão nos estádios finais de seu ciclo. É nessa fase que as lesões evoluem e coalescem, se juntam formando uma grande lesão, o que leva à desfolha prematura e prejudica o desenvolvimento do feijoeiro. Em caules e pecíolos, as manchas são alongadas e marrom-escuras, enquanto nas vagens têm formato circular e coloração marrom-castanho. A esporulação acontece em todas essas partes das plantas.  

A aplicação de fungicidas é a principal forma de controle, e deve ser feita seguindo todas as orientações constantes em bula. O uso de produtos com diferentes princípios ativos aumenta o nível de proteção e evita o surgimento de resistência do patógeno. 

A escolha de cultivares resistentes  ou tolerantes é também uma medida importante para controlar a doença. No entanto, a variabilidade patogênica do fungo aumenta o nível do desafio para as plantas. O manejo pode ser otimizado com a rotação de culturas por até dois anos e a eliminação dos restos de cultura por aração profunda, pois o patógeno sobrevive nos restos culturais por longo período de tempo. A melhor forma de conviver com a doença é adotar o manejo integrado de doenças.

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