Agricultura
Como identificar e controlar a ferrugem no feijão | BASF
Causada pelo fungo Uromyces appendiculatus, a ferrugem do feijoeiro é encontrada em todas as áreas produtoras do País e pode causar grandes prejuízos nas lavouras. Esse impacto é maior quando a doença surge antes ou durante a floração, e em cultivares suscetíveis, podendo reduzir em até 70% o rendimento de grãos.
Sua incidência tem ocorrido mais no plantio da seca do que no das águas, pois a combinação de períodos longos (entre 10 e 18 horas) de umidade relativa acima de 95% e temperaturas entre 17 °C e 27 °C é favorável à infecção.
A doença é notada nas lavouras principalmente a partir das folhas, na parte inferior, com a formação de pequenas manchas esbranquiçadas e levemente salientes, cerca de 6 dias depois da infecção. As lesões também aparecem nas vagens e hastes. Esses sinais crescem de diâmetro e ganham uma cor mais amarelada. Entre 7 e 9 dias da infecção se rompem formando pústulas com uma coloração pardo-amarelada.
Em 2 ou 3 dias depois, essas pústulas já estão maduras e ganham uma cor marrom-avermelhada. É nesse ponto que surge a aparência de ferrugem, e também quando aparecem os uredósporos, aquela massa pulverulenta que dá a impressão de empoeirado.
Esse material é facilmente espalhado pelo vento, ampliando o raio de contaminação dentro da lavoura. A dispersão também pode ocorrer pelo trânsito de máquinas e implementos, de animais e de pessoas e pela chuva.
Devido à ampla e intensa presença da doença por lavouras do Brasil todo, a principal forma de controle é a aplicação de fungicidas. No entanto, outras medidas podem contribuir para reduzir a disseminação da ferrugem, como boa fertilidade, a eliminação de plantas voluntárias, a escolha correta da época de semeadura e a utilização de cultivares resistentes ou tolerantes são desejáveis.