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Agricultura

O que é crestamento bacteriano e como afeta sua plantação de feijão

Como o próprio nome já diz, o crestamento bacteriano é uma doença causada por bactérias (Xanthomonas phaseoli pv. phaseoli e Xanthomonas citri pv. fuscans). Ocorre com mais frequência na safra das águas, favorecida pelas temperaturas mais altas e pela maior frequência de chuvas. Presente em praticamente todas as regiões produtoras de feijão do país, tem demonstrado mais importância nos estados do Paraná e Rio de Janeiro, na zona da mata de Minas Gerais e na região central do Brasil.  

Com ampla disseminação e difícil controle dos patógenos, o crestamento bacteriano pode gerar perdas de produção que vão de 10% a 70%. Os sintomas da doença aparecem em todos os órgãos aéreos do feijoeiro, sendo que nas folhas eles surgem como pequenas manchas aquosas que se desenvolvem de forma irregular. 

Em seguida, essas manchas ganham a cor marrom, um fino contorno amarelo e o aspecto de queimadura, daí o nome de “crestamento”. Essas lesões ainda podem coalescer e evoluir para um mancha bem maior. Dependendo da dimensão, pode causar o desfolhamento, o que significa perda de desempenho da planta.  

No caso das vagens, as lesões são encharcadas e vão aumentando de tamanho de forma gradual, até formar manchas irregulares que são cobertas por exsudado bacteriano. Caso a infecção aconteça durante o processo de formação das vagens e dos grãos, essas sementes podem ter má formação, ficar enrugadas ou apodrecer. 

Embora grande parte das cultivares de feijão disponíveis no País apresente susceptibilidade à doença, é possível escolher linhagens que sejam mais resistentes. Porém, é preciso muito mais cuidado para evitar os impactos do crestamento bacteriano. O uso exclusivo de sementes sadias, com qualidade sanitária comprovada, drenagem da área, e a rotação de culturas com plantas não hospedeiras da doença ajudam a garantir um bom desenvolvimento da lavoura. 

O cuidado pode ser ampliado com a eliminação de plantas voluntárias, ervas daninhas e pragas que possam servir de hospedeiro para disseminar a doença. A aplicação de produtos cúpricos ou bactericidas ajudam a retardar o aparecimento de sintomas na lavoura.

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