Agricultura
Manejo no controle de traça-dos-cachos e lagartas | BASF
O cultivo de uvas para vinho e, em menor proporção, de uvas de mesa no Brasil tem sido prejudicado pelo ataque da praga traça-dos-cachos, a Cryptoblabes gnidiella (Millière, 1864) (Lepidoptera: Pyralidae), inseto microlepidóptero. Trata-se de uma espécie polífaga, ou seja, é uma voraz devoradora que se alimenta de brotos, flores e frutos de diversos vegetais. Por isso tem se tornado uma das principais pragas da cultura em todas as regiões produtoras, com destaque na região do Vale do São Francisco, em Pernambuco e na Bahia.
Em sua fase adulta, a C. gnidiella é uma pequena mariposa com envergadura entre 15 e 17 mm e comprimento que varia de 7 a 9 mm. Suas asas anteriores têm uma coloração acinzentada com manchas longitudinais difusas mais avermelhadas e duas manchas transversais. As asas posteriores têm a mesma cor e são brilhantes, com nervuras e margens escuras. Uma característica das fêmeas no momento da oviposição é a atração por substâncias açucaradas, por isso seu ataque costuma estar associado à presença de outras pragas como pulgões, cochonilhas e fungos, que provocam o extravasamento dessas substâncias servindo como atrativo.
No entanto, o prejuízo vem mesmo nas fases após a mariposa colocar seus ovos, de forma isolada, nos pedúnculos dos cachos e nas folhas. Quando as famintas lagartas começam a surgir, ficam alojadas dentro das bagas ainda verdes e devoram a casca do engaço, o que causa o murchamento e a queda das uvas. Se esse ataque acontecer já perto da colheita, há o rompimento das bagas.
Por essas aberturas ocorre o extravasamento do suco sobre o qual prolifera um complexo de microrganismos, incluindo fungos, bactérias e leveduras, que provocam a podridão ácida. Como consequência, há perda de qualidade dos vinhos e os cachos perdem valor para a comercialização da fruta in natura. Toda essa sequência pode ser mais intensa em cultivares com cachos mais compactos, pois, quando há o rompimento natural das bagas, as substâncias açucaradas liberadas atraem ainda mais fêmeas da C. gnidiella para oviposição aumentado a ocorrência e danos provocados pela praga.
O controle dessa praga pode ser feito a partir do monitoramento, utilizando-se armadilhas tipo delta com feromônio sexual sintético específico, o que permite a detecção do momento da presença de insetos adultos no parreiral. O controle biológico natural, por meio de parasitóides, ajuda a evitar o aumento da população do inseto. Como o manejo efetivo e eficaz da proteção dos parreirais é uma combinação de soluções, em níveis de infestação mais elevados orienta-se a utilização de inseticidas de forma rotacionada, sempre com a preocupação e o cuidado de gerenciar as pulverizações de forma a controlar a praga e evitar casos de resistência do inseto.
A BASF coloca à disposição dos produtores de uva em todo o Brasil uma ótima opção de inseticida para o controle e o combate da traça-dos-cachos: Verismo®, inseticida multiculturas que, no caso das uvas, é indicado exatamente para essa traça. Já o inseticida Nomolt® 150 oferece um maior período de controle para Eumorpha vitis (Lagarta-das-folhas) e Spodoptera sp. (Lagarta-militar) pois apresenta amplo residual de controle e além disso é altamente seletivo para os inimigos naturais das pragas.
ATENÇÃO: ESTE PRODUTO É PERIGOSO À SAÚDE HUMANA, ANIMAL E AO MEIO AMBIENTE. USO AGRÍCOLA. VENDA SOB RECEITUÁRIO AGRONÔMICO. CONSULTE SEMPRE UM AGRÔNOMO. INFORME-SE E REALIZE O MANEJO INTEGRADO DE PRAGAS. DESCARTE CORRETAMENTE AS EMBALAGENS E OS RESTOS DOS PRODUTOS. LEIA ATENTAMENTE E SIGA AS INSTRUÇÕES CONTIDAS NO RÓTULO, NA BULA E NA RECEITA. UTILIZE OS EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL. REGISTRO MAPA: VERISMO® Nº 18817 E NOMOLT® 150 Nº 01393.