Agricultura

Milho: o que você precisa saber sobre a mancha-branca | BASF

Quem cultiva milho precisa conhecer muito bem a mancha-branca, doença causada principalmente pela bactéria Pantoea ananatis, e por espécies fúngicas associadas, a exemplo da Phaeosphaeria maydis. Considerada a principal doença de folhas dos milharais, quando atinge grau de severidade entre 10% e 20% pode causar redução em torno de 40% da taxa de fotossíntese líquida da planta. Em termos de produção, isso significa uma queda de até 60% em híbridos suscetíveis sob condições favoráveis à doença, de acordo com informações divulgadas pela Epagri-SC. 

Segundo a Embrapa, os sintomas da mancha-branca começam a aparecer como lesões circulares, aquosas e com coloração verde-clara. Conforme avançam, tornam-se necróticas, tomam um formato de circular a elíptica e ficam com cor de palha. Essas manchas surgem inicialmente nas pontas das folhas, primeiro nas inferiores, e avançam para a base. Em seguida progridem com rapidez para a parte superior da planta. 

Com isso, a mancha-branca prejudica gravemente o enchimento dos grãos, podendo provocar grandes perdas de tamanho e peso, condição que reduz o valor comercial da produção. Pior, a planta pode ser levada a uma antecipação de ciclo. 

É muito importante que o agricultor fique atento às condições que favorecem a doença, como alta umidade relativa do ar (acima de 60%) e temperaturas noturnas amenas, em torno de 14°C. Diante desse cenário, é melhor já ter tomado alguma medida preventiva. E, se ainda não tiver se precavido, é bom estar preparado para ações de combate, sem deixar de pensar na redução de rendimento. 

A melhor maneira de evitar a mancha-branca é por meio de material genético resistente, ou seja, optando por híbridos que apresentem algum nível de proteção contra o problema. Cuidados agronômicos no manejo também podem ajudar, como evitar o plantio tardio do milho na safra de verão (a partir de novembro), ou as lavouras se desenvolvem em períodos com mais chuvas, o que pode favorecer o desenvolvimento da mancha-branca. 

Outra medida para evitar os estragos causados pela doença é o controle químico através da aplicação de fungicidas eficientes. Nessa etapa, é importante o agricultor contar com a orientação técnica de um profissional capacitado, um engenheiro agrônomo que o ajude a definir quais são as melhores soluções para suas lavouras e as combinações e métodos de controle mais apropriados. O que não pode acontecer é esperar a mancha-branca avançar sem que alguma medida protetiva seja tomada. 

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