Agricultura
Como combater a ferrugem no milho? | BASF
A cultura do milho pode ser atacada por diferentes tipos de doenças e entre elas as ferrugens, doença fúngica que afeta diretamente a performance das plantas. A ferrugem-polissora é considerada a mais perigosa para os milharais, por conta de seu potencial destrutivo e de sua agressividade. Causada pelo fungo Puccinia polysora, está entre uma das principais doenças foliares do milho e pode reduzir em mais de 50% o rendimento das lavouras. Isso ocorre quando as condições ambientais são mais favoráveis ao patógeno, ou seja, combinam temperaturas entre 26°C e 30°C e umidade relativa do ar elevada e nenhuma forma de controle é adotada.
O nome de ferrugem deve-se à aparência dos sintomas, com pequenas pústulas, circulares e elípticas, nas folhas que dão o aspecto de algum material enferrujado. Essas pústulas apresentam estruturas reprodutivas do fungo, portanto quando se rompem liberam os esporos fúngicos que são disseminados pelo vento, espalhando a doença pelo milharal.
A polissora se desenvolve na parte superior da planta e na bainha, e pode interferir na produtividade do milharal. Inclusive no enchimento dos grãos. Quanto mais essas manchas se alastram pelo tecido foliar, menor é a capacidade de a planta realizar fotossíntese. Além de reduzir a área foliar, a doença ainda diminui o vigor da planta e o peso dos grãos, causando senescência precoce e acamamento da lavoura.
O milho também é atacado pela ferrugem comum, uma doença presente há bastante tempo na cultura, mas considerada a menos severa desse grupo. Causada pelo fungo Puccinia sorghi, apresenta pústulas elípticas e alongadas nas duas faces da folha. Há ainda a ferrugem branca, conhecida também como ferrugem tropical, que é causada pelo fungo Physopella zeae. Igualmente, apresenta sintomas em ambas as superfícies das folhas, porém com as pústulas dispostas em pequenos grupos, paralelos à nervura.
Para controlar a ocorrência da ferrugem na plantação, nos três casos, recomenda-se o uso de variedades de milho resistentes. Aliás, essa é a principal estratégia para reduzir as possibilidades de ataque da doença. Outra forma de minimizar as chances para a disseminação da doença é evitar o plantio em épocas e regiões que sejam mais favoráveis ao desenvolvimento dos patógenos. Os fungicidas completam o manejo de prevenção e combate à ferrugem no milho, com a aplicação de maneira adequada, no momento certo, nas doses corretas, de acordo com as recomendações do fabricante. A orientação técnica de um engenheiro agrônomo é decisiva para que o agricultor combine da melhor maneira possível essas soluções e garanta a sanidade e a produtividade da lavoura, assim como sua rentabilidade.