Agricultura

O que é cercosporiose no milho e como tratar | BASF

Causada pelo fungo Cercospora zeae-maydis, a cercosporiose é uma doença foliar que provoca manchas acinzentadas e de formato retangular, predominantemente, que se desenvolvem paralelas às nervuras da folha do milho. Esses sintomas prejudicam a capacidade fotossintética da planta e, por consequência, seu desenvolvimento e sua produtividade. Conforme vão se espalhando, podem ainda necrosar todo o tecido foliar. 

A gravidade aumenta porque as plantas ainda ficam mais expostas a infecções por patógenos no colmo, o que favorece o acamamento. Daí a importância de evitar a disseminação da doença, que acontece por meio dos esporos e de restos de culturas, que acabam sendo levados pelo vento e por respingos de chuva. Além de ser uma fonte de inóculo para o próprio local, esses restos de cultura oferecem riscos até para outras áreas de plantio. 

Presente em quase todas as áreas de plantio de milho no Centro Sul do Brasil, a cercosporiose pode gerar perdas de produção acima de 80% nas lavouras. O potencial de estragos é maior quando a temperatura está entre 25°C e 30°C e a umidade relativa do ar passa de 90%. Essa condição é altamente favorável à doença. Para evitar ou ao menos reduzir os prejuízos causados por esse fungo, o agricultor deve adotar estratégias de prevenção e combate desde o início da formação dos milharais. 

A opção por cultivares menos sensíveis ou resistentes e a eliminação de restos da cultura, sobretudo onde a doença já ocorreu de forma severa, são duas medidas importantes que ajudam a reduzir as chances de inoculação e disseminação do patógeno. A rotação de culturas também contribui para a prevenção da cercosporiose, sobretudo se realizada com plantas que não são hospedeiras do fungo, como soja,  girassol e algodão. O plantio seguido de milho na mesma área não é recomendado e pode facilitar a ocorrência da doença. 

O controle químico entra nessa lista de ações para prevenção e combate quando o ambiente é muito favorável à disseminação da doença. Para utilizar as soluções disponíveis com eficiência, é essencial que o agricultor busque a orientação técnica de um profissional, um engenheiro agrônomo que vai ajudá-lo na definição do produto mais adequado e na maneira mais eficiente de aplicação.

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