Agricultura
Citricultura mais produtiva com a florada protegida | BASF
Com soluções tecnológicas e medidas de combate cada vez mais eficientes, citricultor pode reduzir os riscos do fungo causador da podridão floral dos citros.
A podridão floral dos citros (PFC), mais conhecida como “estrelinha” , é uma das doenças mais relevantes na citricultura brasileira. Causada pelo fungo Colletotrichum spp., ataca todas as variedades comerciais de citros e pode causar perdas superiores a 90% na colheita. Esse índice é alarmante, mas o agricultor dispõe de soluções tecnológicas e medidas de combate e controle cada vez mais eficientes.
Essas ferramentas abrangem tanto alertas sobre os riscos de disseminação da doença, quanto defensivos que protegem os pomares de forma abrangente e segura, evitando inclusive o surgimento de resistência por parte dos agentes causadores do problema. É o caso do Orkestra® SC, fungicida que integra o portfólio da BASF e é composto por grupos químicos diferentes (estrobilurina e carboxamida), o que beneficia a produtividade das plantas e garante não só sua maior longevidade como a de outros produtos.
O ataque acontece exatamente no período da florada dos citrus. O fungo provoca lesões alaranjadas nas pétalas e lesões necróticas, mais escuras, no estigma e no estilete.
Os sintomas podem surgir 48 horas após a infecção dos botões ainda fechados ou das flores já abertas. O termo “estrelinha” se popularizou por causa do ataque aos frutos mais jovens, que caem precocemente e o cálice continua se desenvolvendo vazio, tomando a forma de uma estrela. Nos dois casos, há perdas na produtividade.
A ação da doença é favorecida pelas chuvas, e o impacto é proporcional ao volume e à distribuição dessas chuvas durante o período da florada. A água é responsável por levar para as folhas o extrato dos esporos de fungos que está na flores, e em grande quantidade. Algumas práticas de manejo podem contribuir para reduzir os riscos de contaminação.
A irrigação, por exemplo, é uma alternativa para fazer com que o florescimento do pomar ocorra com uniformidade e antes da fase com mais chuvas. Todo cuidado com a nutrição e a sanidade das plantas, de maneira geral, ajuda a fazer esse ajuste do período do florescimento e mantém o pomar menos suscetível aos impactos de qualquer doença.
Uma importante ferramenta de planejamento no controle da PFC é o sistema de previsão da doença desenvolvido pelo Fundecitrus (Fundo de Defesa da Citricultura) em parceria com a Esalq/USP e a Universidade da Flórida. A partir de informações climáticas coletadas por 70 estações meteorológicas distribuídas pelo parque citrícola, o sistema informa os agricultores, por e-mail ou mensagens de WhatsApp, qual é o risco de incidência da doença.
Segundo balanço do Fundecitrus, essa prática reduz em até 75% o número de pulverizações com fungicidas, gerando um grande ganho em economia e sustentabilidade no manejo da PFC.
O uso integrado e estratégico das medidas de prevenção contra a doença é cada vez mais importante, devido as múltiplas formas de disseminação dos patógenos. Em artigo divulgado pela Embrapa, Geraldo José Silva Júnior, pesquisador do Fundecitrus, e Lilian Amorim, professora titular da Esalq/USP, comentam que, de acordo com alguns estudos, o fungo causador da PFC pode sobreviver em folhas de citros e de plantas daninhas. Aliás, essa capacidade de sobrevivência é uma característica marcante e preocupante, pois significa que permanecerá no pomar por muito tempo.
Por isso é tão importante o citricultor fazer o monitoramento constante de seus pomares, identificar a presença e a intensidade da doença nas plantas, verificar as condições das árvores e planejar muito bem a rotina de pulverização dos fungicidas. Recomenda-se que as aplicações comecem pelos pomares mais antigos, com florescimento desuniforme.
Para definir uma eficiente estratégia de proteção da plantação, o agricultor pode contar com a equipe técnica da BASF, que está sempre pronta para orientá-lo da melhor maneira possível.