Agricultura
Qual o melhor método para o plantio de arroz: irrigado ou sequeiro? | BASF
No Brasil, o arroz irrigado é o sistema mais usado entre os produtores da cultura. Conforme a Embrapa Arroz e Feijão, do total de áreas cultivadas de arroz em todo o país, cerca de 90% são cultivadas em sistema de irrigação, e os outros 10% por meio do sistema de sequeiro, também chamado de terras altas.
Apesar de a irrigação ser utilizada em maior quantidade, são necessárias algumas análises antes de sua implementação. Isso porque cada sistema tem uma característica específica, que deve ser levada em conta antes de escolher por um ou por outro método.
Na prática, enquanto o sistema de irrigação garante a água durante todo o ciclo de desenvolvimento da planta de arroz, o de sequeiro depende das condições climáticas, sobretudo a ocorrência de chuvas.
Isso significa que, por mais que o arroz seja uma planta que necessite de água em abundância, nem sempre o melhor caminho é investir em um sistema de irrigação. Dependendo da região, o sequeiro pode ser uma boa alternativa.
Continue a leitura e confira as principais diferenças e os benefícios de cada sistema de plantio.
Arroz irrigado
Um sistema de irrigação garante água para a planta durante todo seu ciclo de desenvolvimento, reduzindo assim as chances de queda na produtividade da planta e, consequentemente, contribuindo para uma melhor rentabilidade da safra.
Além disso, a presença de água em abundância sobre o arroz garante à cultura inúmeros fatores como a minimização de lixiviação de nutrientes, o controle de pH da planta, entre outros benefícios.
Porém, apesar de ser o sistema mais utilizado no país, seu custo de produção é mais alto, uma vez que exige a presença de água em abundância para manter a planta irrigada.
Diferentes sistemas de irrigação
Hoje existe no Brasil mais de um método para irrigar o arroz no campo. Segundo a Embrapa, as lavouras podem receber um sistema de inundação, de subirrigação ou de aspersão.
Entre eles, o mais utilizado é o método por inundação, em que forma-se uma lâmina de água estática sobre a plantação da cultura durante a maior parte do plantio.
Já a subirrigação, é um sistema feito sob a superfície do solo por meio do lençol freático, enquanto que a irrigação por aspersão acontece tanto por pivô central quanto por sistema linear. Nesse caso, a irrigação reproduz os efeitos da chuva sobre as plantas.
Arroz de sequeiro
Trata-se de um sistema utilizado em menor quantidade nas lavouras do Brasil, sobretudo nas plantações situadas no Cerrado.
Apesar de apresentar um menor custo de implantação na lavoura — pois não necessita de água para irrigação, nem de equipamentos ou de uma área plana — o sistema não oferece produtividades tão boas quanto o arroz irrigado.
Isso porque no sequeiro não há garantias de água na quantidade certa para o arroz, apenas previsões climáticas.
Arroz irrigado ou arroz de sequeiro: qual o melhor?
De acordo com Rodrigo Sérgio e Silva, analista em Transferência de Tecnologia da Embrapa Arroz e Feijão, as unidades da empresa atuam em rede com a missão de produzir tecnologias e conhecimento para os ambientes de arroz, tanto o irrigado quanto os de terras altas (sequeiro).
“Produzir arroz irrigado ou sequeiro é uma opção que o Brasil oportuniza para a cadeia produtiva do arroz. Nós brasileiros, diferente da maioria dos países produtores do mundo, temos ambientes disponíveis e tecnologias desenvolvidas para agir no sequeiro e no irrigado”, explica.
Ainda segundo o analista, a Embrapa, em parceria com a BASF, tem em seu portfólio cultivares tanto para o plantio de arroz irrigado quanto para o plantio em sequeiro.
“Em terras altas, a cultivar BRS A501 CL, lançada em 2018, foi a primeira cultivar com resistência à herbicidas para o sistema. Em 2023, devemos lançar, por meio da parceria Embrapa/BASF mais uma cultivar, a BRS A504 CL. Já para o ambiente irrigado, temos ativas as cultivares BRS Pampa CL e BRS A706 CL que ocupam espaço de significância nas áreas plantadas no Brasil.”
Portfólio BASF
Recentemente a BASF lançou o Sistema Provisia™, que tem como objetivo somar forças com o já renomado Sistema Clearfield®, uma vez que amplia as formas de controle de plantas daninhas resistentes aos herbicidas e amplia a gama de opções para a melhor produção de arroz.
