Agricultura
Como as decisões no campo influenciam na qualidade do algodão | BASF
Nos anos 1970, cerca de 80% das roupas usadas pelos brasileiros eram fabricadas com fibras de algodão. Atualmente, esse volume não chega a 50%, devido ao espaço que os fios de material sintético vêm ganhando na indústria têxtil. O setor da cotonicultura quer mudar essa realidade e voltar a ter mais destaque entre os consumidores. A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) está de olho nesse cenário e investe em iniciativas que ajudem na retomada desse mercado, dentro e fora do País, de maneira abrangente e sustentável.
Prova disso é o Sou de Algodão, movimento criado em 2016 que envolve toda a cadeia produtiva da fibra, desde as fazendas até o varejo, para promover uma consciência coletiva em torno da moda e do consumo responsável.
Além de revelar que a conexão entre o campo e os centros urbanos é mais forte do que se imagina, a iniciativa da Abrapa ressalta a importância dos produtores em todo esse processo. Afinal de contas, é nas lavouras de algodão que começa a ser desenvolvida a qualidade que atravessa toda a cadeia.
“Temos hoje o que há de melhor em tecnologia para a cultura e a melhor produtividade de algodão não irrigado do mundo”, afirma o presidente da Abrapa, Júlio Cezar Busato.
É também por essa questão que as lavouras precisam mesmo de muitos cuidados, pois é grande a variedade de desafios para as plantas, como pragas, doenças, plantas daninhas, efeitos climáticos, fertilidade, entre outros.
A expectativa para a próxima safra é de avanço, após as dificuldades na temporada passada. De acordo com Busato, a produção brasileira de algodão deve passar de 2,7 milhões de toneladas agora em 2022 e, para o período seguinte, pode voltar ao patamar de 3 milhões de toneladas.
“Para isso precisamos de competitividade em custo de produção, preço no mercado e produtividade. Estamos trabalhando fortemente em dois programas para ganhar mercado, o Sou de Algodão no interno e o Cotton Brazil voltado à Ásia, que compra quase 99% de nossas exportações”, diz o presidente da Abrapa.
Do ponto de vista do produtor, é fundamental contar com uma gestão profissional e insumos adequados para proteger os talhões. Caso contrário, poderá amargar grandes perdas. Só a mancha-da-ramulária, causada pelo fungo Ramularia areola, por exemplo, pode derrubar a produtividade do algodoeiro em até 35%.
A preocupação envolve ainda pragas como o bicudo-do-algodoeiro (Anthonomus grandis), a lagarta-das-maçãs (Heliothis virescens) e a lagarta-militar (Spodoptera frugiperda), que danificam os botões florais e as “maçãs” e prejudicam o desenvolvimento e rendimento do algodoeiro.
Quando faz a escolha das sementes e das cultivares que vai plantar em suas terras, o cotonicultor já está definindo boa parte dos fatores que impactam na qualidade do algodão, como comprimento, resistência, regularidade da massa da fibra e até a cor.
As etapas seguintes, que envolvem o cultivo e o manejo das lavouras e até mesmo o beneficiamento, vão impactar em fatores como a presença de impurezas ou contaminações da matéria-prima que vai para a indústria.
As decisões tomadas pelo agricultor em cada etapa da safra têm reflexo em toda a cadeia. Por isso é fundamental buscar a melhor orientação agronômica e econômica para que se possa ter mais precisão nas tomadas de decisão. Inclusive a escolha de insumos e a definição das boas práticas de campo no manejo.
A BASF conta com um portfólio completo de soluções para a cultura do algodão, desde as sementes já protegidas, passando pelos principais defensivos, até regulador de crescimento. Além de garantir a melhor condição sanitária para as plantas. Essas inovações contribuem para obter maior rendimento e qualidade de fibra. O time de profissionais da empresa está à inteira disposição para ajudar o agricultor a utilizar esses insumos de forma que tenham o máximo desempenho.