Agricultura

Quais os maiores exportadores de algodão do mundo? 

Historicamente, os principais produtores mundiais de algodão são, também, os maiores exportadores do produto. Ao todo são cinco países que dominam o ranking mundial. Por ordem de importância estão Estados Unidos, Brasil, Austrália, Índia e Turquia. 

Juntos, exportam por safra uma média de 7 milhões de toneladas do produto e seus subprodutos. Esse volume aponta para uma movimentação financeira anual de, aproximadamente, US$ 12 bilhões de dólares, conforme dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). 

 

Diferente de outras culturas, o que leva um país a estar entre os maiores exportadores de algodão no mundo não são as quantidades produzidas, mas sim a qualidade do produto ofertado. 

Por isso, mesmo que o total exportado de algodão em todo o mundo seja muito menor do que o da soja, por exemplo, a cultura ainda movimenta o mercado com um valor muito alto.

Por que os índices de exportação seguem um padrão? 

As médias históricas de produção e exportação de algodão são informações consideradas estáveis, já que não tem havido aumentos expressivos na demanda de mercado. 

Além disso, segundo Enilson Nogueira, analista de mercado da Céleres Consultoria, há um outro fator que contribui para que os dados sobre a produção e exportação de algodão sigam sempre um padrão. 

“Existe uma competição com a fibra sintética, como o poliéster. Então, muitos países acabam preferindo essa opção ao algodão, por ser mais barata. Porém, por outro lado, há um mercado que ainda opta pelo algodão em pluma, de maior qualidade. Daí os índices sempre iguais”, explica.

Por que são os maiores exportadores de algodão? 

Segundo uma média das últimas três safras, os Estados Unidos é o maior exportador mundial do algodão em pluma ao registrar cerca de 3 milhões de toneladas comercializadas ao ano. 

Depois dele, em segundo lugar, encontra-se o Brasil, com a média de 2 milhões de toneladas vendidas para o mercado externo. Completando o top 3 do ranking mundial, está a Austrália, com a exportação de cerca de 1,5 milhão de toneladas do produto.  

 

Em quarto lugar está a Índia, com a comercialização aproximada de 500 mil toneladas por safra. Por último encontra-se a Turquia que, diferente dos outros países, não está no ranking pela quantidade exportada, de 140 mil toneladas, mas sim pela qualidade do seu produto. 

De acordo com o analista da Céleres, Turquia e Egito ocupam espaço cativo no mercado porque apresentam um algodão de excelente qualidade — o que é um fator relevante na comercialização do algodão em pluma. 

 

“Apesar de falarmos que o algodão é uma commodity, nós costumamos chamá-lo de soft commodity, pois fatores qualitativos, como cor da fibra, tamanho, alongamento e qualidade, fazem com que essa mercadoria comum não seja tão comum.” 

Sendo assim, nesse mercado, quem tem a capacidade de produzir um algodão de boa qualidade acaba, consequentemente, exportando mais. Porém, isso não se aplica a todos os países exportadores da cultura.

Países asiáticos: por que estão entre os maiores produtores?

Diferente da produção brasileira, australiana e norte-americana, que possui um algodão considerado de boa qualidade e pureza, países asiáticos, como a Índia por exemplo, produzem um algodão de inferior qualidade. 

Mas, do ponto de vista de logística, tem um produto muito interessante, uma vez que o grande mercado consumidor de algodão está no Sudeste asiático, onde se encontram as maiores indústrias do setor. 

“Esses países conseguem fazer alguns blends de algodão, juntando a qualidade de um algodão melhor com a de outro mais inferior. É algo semelhante ao que acontece no café, por exemplo”, pontua Nogueira.  

Algodão produzido pelos três maiores exportadores

Os três maiores exportadores de algodão são líderes no ranking mundial de exportação da cultura, principalmente, porque produzem uma fibra de alta qualidade. Na prática isso significa o uso de boas sementes, o correto manejo da lavoura, clima favorável e os cuidados na pós-colheita. 

 

“Os principais produtores têm investido muito nos últimos anos para colher bem, e colher com qualidade. Por isso, hoje, conseguem ter um bom parque de máquinas e realizar o beneficiamento do algodão da maneira correta, ou seja, sem quebrar a quantidade de fibras e sem atrapalhar a pureza do produto”, explica o analista. 

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