Agricultura

Quais são os 5 maiores produtores mundiais de algodão?

O algodão é uma das commodities agrícolas com maior concentração de mercado quando se trata da sua oferta. Apenas cinco países são responsáveis por cerca de 70% da produção mundial, segundo dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). 

Por ordem de volume de produção, Índia, China, Estados Unidos, Brasil e Paquistão são os líderes globais dessa cultura. Na comercialização internacional do algodão em plumas, Estados Unidos e Brasil estão na ponta. 

Na maioria dos casos, o produto acaba sendo comercializado com países do Sudeste asiático, onde se concentra boa parte das indústrias de processadores do algodão do mundo. 

Quanto esses países produzem em algodão?

De acordo com os dados do USDA, a produção nesses cinco países é de, em média, 20 milhões de toneladas por safra, variando para mais ou para menos conforme o ano. 

Índia e China, curiosamente, são grandes produtores mas também, os maiores importadores, devido à alta demanda de suas indústrias têxteis. 

Já Estados Unidos, o maior exportador do produto no mundo, tem destaque pela qualidade do algodão. Fator bastante relevante no mercado do algodão. 

 

Quarto colocado no ranking, com uma produção na casa dos 2 milhões de toneladas da fibra, o Brasil, assim como Estados Unidos (que produz em média 3 milhões de toneladas), também e cada vez mais reconhecido pela qualidade do produto, motivo que o fez conquistar o segundo posto entre os maiores exportadores do mundo. 

 

O Paquistão, por sua vez, produz anualmente menos de 2 milhões de toneladas de algodão. Lá, assim como na China e na Índia, a maior parte é destinada para o próprio consumo interno, como matéria prima para as tecelagens localizadas em seu território.

Mercado internacional do algodão

Essa realidade é relativamente recente, conforme explica Enilson Nogueira, analista de mercado da Céleres Consultoria. Até o começo dos anos 2000, tanto Brasil quanto Estados Unidos tinham uma quantidade relevante de indústrias processadoras de algodão em pluma. Porém, com a entrada na China nesse mercado, boa parte dessas indústrias perderam competitividade. 

“Então, boa parte das fábricas foi para o sudeste asiático, para países como China, Taiwan, Malásia e Indonésia. E aí, a indústria do algodão passou a se concentrar naquela região. Os países americanos, porém, não deixaram de produzir”, pontua. 

 

Criou-se, assim, uma rota bem definida no mercado têxtil global. Estados Unidos, Brasil e até mesmo Austrália, que são os maiores exportadores do algodão, vendem a matéria prima para o Sudeste asiático e, depois, acabam importando novamente o produto já beneficiado. 

“Os maiores exportadores do mundo em algodão são muito bons em produzir até a porteira. Depois, quando entra na indústria, os países asiáticos têm uma competitividade bem maior a ponto da gente exportar pluma e depois importar tecido e roupas prontas.” 

 

Com grande escala fabril, as indústrias do Sudeste Asiatico passaram a demandar mais algodão em pluma, o que favoreceu produtores de outras regiões, mas também os de alguns países geograficamente mais próximos, como Índia e Turquia. Com uma localização estratégica, eles conseguiram se posicionar como grandes exportadores, compensando com custos menores a qualidade inferior de sua produção. 

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