Agricultura

Como identificar e tratar o oídio nas videiras? | BASF

 

Hoje, a maior parte da produção de uvas no Brasil acontece nos estados da região sul do país. Ali, sobretudo nos meses mais quentes, há grande presença de chuvas — situação bastante favorável para a proliferação de alguns fungos que se desenvolvem em alta umidade. Na região Nordeste, o predomínio de clima mais seco e quente favorece outros tipos de doenças, como o oídio das videiras. 

 

Entre esses fungos, um dos mais comuns e importantes à cultura da videira é o Uncinula necator, causador do oídio, doença que provoca impactos negativos às plantações da cultura. 

A seguir, veja como identificar o oídio nas videiras e como fazer o correto tratamento de seu fungo causador, a fim de garantir uvas de qualidade e com alta produtividade.

Oídio em videiras: como identificar no parreiral

A principal característica que destaca a presença do oídio é a presença de esporulação nas folhas da videira, na cor branco acinzentada. 

Além das folhas, o patógeno causador do oídio pode se manifestar nos ramos da planta, na inflorescência e nos frutos — também com a cobertura de um crescimento branco pulverulento. 

Já quando o contato do fungo com a videira ocorre após o estádio de floração, suas estruturas são verificadas na superfície das bagas, que acabam sendo partidas ao meio e deixando expostas as suas sementes. 


Quando o ataque do patógeno ocorre mais tarde, as bagas da uva não racham, mas apresentam manchas de coloração escura. Nesse caso, são desenvolvidas nos ramos manchas de cor marrom-escuro. 

Por conta da manifestação do oídio, as plantas sofrem com a desfolha, o que promove uma queda na fotossíntese e, com isso, redução no desenvolvimento e produtividade dos frutos. 

Como controlar o oídio nas videiras

Assim como acontece com o míldio, o controle do oídio em videiras pode ser feito de maneira preventiva. 

Conforme aponta a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), nas regiões subtropicais é necessário pulverizar as videiras com fungicidas a base de enxofre ou, no caso de aparecimento dos primeiros sintomas, com fungicidas sistêmicos, que têm grande capacidade de penetrar as superfícies pulverizadas.   

 

Além disso, em regiões tropicais, recomenda-se a aplicação preventiva dos produtos desde o estádio de floração até a maturação. 

Outra forma de combater o oídio é evitar a implantação de sistemas de condução mais densos, em que há mais sombreamento nas parreiras. Isso porque, quanto mais plantas e sombra, mais úmido e quente o ambiente. 

 

Garantir que o solo não receberá Nitrogênio (N) em excesso durante a adubação também é uma ótima alternativa de combate ao patógeno causador da doença, assim como a adoção de cultivares resistentes ao Uncinula necator

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