Agricultura
Manejo no controle da doença oídio | BASF
Doença de grande impacto na cultura da uva, o oídio é causado pelo fungo Uncinula necator e provoca perdas relevantes nas videiras. É ainda mais preocupante em áreas de condições semiáridas, como na Região Nordeste do Brasil, pois o clima seco e a baixa ocorrência de chuvas favorecem seu desenvolvimento, sobretudo no segundo semestre. O patógeno do oídio pode colonizar várias partes da planta, desde folhas, ramos e inflorescência até frutos. Caracteriza-se por uma formação pulverulenta e branca onde ocorre a infecção.
A colonização das folhas acontece nas células da parte superior, pela emissão de haustórios. Embora consiga se desenvolver nas duas faces das folhas, acabam sendo predominantes na parte inferior. A não ser que a planta esteja em uma área sombreada, oferecendo melhores condições para seu desenvolvimento também na parte superior, pois o fungo é sensível à radiação solar. Quando atacadas pelo oídio, as folhas das videiras podem ficar subdesenvolvidas, retorcidas e murchas. Essa condição reduz a capacidade produtiva da planta.
Nos ramos, quando estão mais visíveis, os sintomas aparecem como manchas marrons. Já nos frutos, a indicação da presença do patógeno vem pelo crescimento de uma área branca na superfície da baga. Essa contaminação paralisa o crescimento do tecido e provoca a queda prematura dos frutos. Se as bagas forem infectadas já em uma fase de desenvolvimento mais avançada, ocorre um desequilíbrio entre o desenvolvimento do tecido e o da polpa. Com isso, há um rompimento da baga, dando origem a uma convidativa entrada para outros microrganismos e a instalação de outras doenças gerando a podridão dos cachos, afetando diretamente a produção.
A aplicação de fungicidas ajuda o produtor a controlar o avanço da doença e a proteger sua lavoura, assim como seu investimento e sua lucratividade. Mas é sempre importante destacar que o controle químico é uma das principais ferramentas de controle no manejo integrado de soluções. Também é imprescindível que esse tratamento seja feito com o produto mais apropriado, no momento certo e na dose recomendada.
A pulverização com o defensivo precisa contemplar outras práticas de manejo preventivo, como a retirada de restos culturais que possam representar risco de contaminação, a eliminação do córtex na fase de repouso, o monitoramento constante da lavoura, sobretudo nas fases de emissão de folhas novas e de inflorescência e início da frutificação. Nessas etapas, a planta fica mais suscetível ao fungo.
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