Agricultura

Míldio e oídio: qual a diferença entre as duas doenças que mais afetam as videiras? | BASF

Oídio e míldio são as duas principais doenças fúngicas que atingem as videiras – e, portanto, a produção de uvas – em todo o país. Porém, cada uma se manifesta sob condições e maneiras diferentes nos parreirais. 

Por isso, para garantir o controle e o tratamento correto dessas doenças, é imprescindível saber como cada uma delas se comporta e quais são os seus sintomas quando em contato com as videiras. 

Sendo assim, confira quais são as principais características do míldio e do oídio e o que essas duas doenças têm de diferenças entre si. 

Míldio da videira 

O míldio da videira, causado pelo fungo Plasmopara viticola, se desenvolve muito bem em plantações de uva situadas em regiões de clima ameno, com temperaturas entre 18ºC e 25ºC, e de tempo úmido, com molhamento foliar por mais de duas horas.

A doença, que atinge tanto a parte vegetativa da videira, quanto a reprodutiva, tem seus primeiros sintomas observados na superfície das folhas por meio de manchas de coloração verde-clara que apresentam um aspecto oleoso — daí o nome “mancha de óleo”. 

 

Com a evolução do desenvolvimento do patógeno, surgem alguns pontos brancos (esporulações) na parte inferior das folhas da videira e em seus ramos. A partir disso, conforme se desenvolve, o patógeno pode causar a necrose de toda a estrutura da videira, levando à queda precoce das folhas e a perdas de qualidade e produtividade da fruta.  

 

Como aponta o manual da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), quando o ataque do Plasmopara viticola acontece no estádio de floração da videira, as inflorescências secam e caem e as bagas endurecem e passam a apresentar coloração escura. 

Oídio da videira

Causada pelo fungo Uncinula necator, o oídio da videira ocorre com maior intensidade em épocas e regiões de clima seco, com estresse hídrico, em que há baixa incidência de chuvas, e em ambientes com altas temperaturas, que variam entre 20ºC e 27ºC. 


Assim como o míldio, o patógeno causador da doença atinge a parte vegetativa e reprodutiva da videira, sendo notado apenas na parte superior das folhas, onde surgem manchas cloróticas e uma camada de pó com coloração branco acinzentada.

 

Em estágio mais avançado, o oídio atinge as bagas da uva. Nesse caso, sua ocorrência provoca um crescimento diferente entre a parte atingida e o restante da fruta. Assim, como consequência, acontece uma quebra nos ramos da videira, o que facilita a emergência de outras doenças. 

Diferenças entre míldio e oídio nas videira

Após uma breve contextualização sobre o desenvolvimento do míldio e do oídio, é possível apresentar algumas diferenças entre as duas principais doenças da videira, causadas por fungos. 

Enquanto o míldio se desenvolve melhor em ambientes de temperaturas amenas e com água em abundância, o oídio precisa de um clima mais quente e de um ambiente seco, com escassez de água. 

Um outro ponto bastante importante, que diferencia o míldio do oídio, é a forma de infestação nas videiras. Enquanto o oídio se manifesta apenas na parte superior das plantas, o míldio contamina a parte inferior e, em estágio avançado, até mesmo a parte superior.

Como evitar o míldio e o oídio na plantação de videiras 

Para evitar que os fungos causadores das doenças, míldio e oídio, ataquem as plantações de videiras, o produtor deve investir em ações de combate preventivas. Nesse caso, nutrir e adubar bem as plantas é a melhor estratégia para garantir que as plantas se tornem resistentes contra os patógenos das duas doenças. 

 

Aplicar fungicidas de maneira preventiva também é uma excelente opção de combate aos fungos Plasmopara viticola e Uncinula necator. Consulte o seu técnico ou engenheiro agrônomo de confiança para saber qual produto utilizar e em que quantidades e período. 

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