Agricultura

Impactos da giberela na produtividade da cultura do trigo | BASF

Causada principalmente pelo fungo Fusarium graminearum (há outras espécies responsáveis pelo surgimento da doença ao redor do mundo), a giberela ou fusariose tem impacto sobre o desenvolvimento de espigas e grãos do trigo. Os primeiros sintomas de seu ataque à lavoura aparecem nas aristas, que acabam sendo desviadas do sentido em que vão as espiguetas não afetadas. Na sequência, tanto aristas quanto espiguetas ficam mais esbranquiçadas ou passam a ter cor de palha. Dependendo da susceptibilidade da cultivar, o problema avança para o pedúnculo, deixando-o marrom.  

Em termos de produtividade, os prejuízos causados pela giberela são consequência da queda de rendimento, e da qualidade do grão após o patógeno afetar as espigas a partir do espigamento. Devido a esse ataque, ainda que os grãos se formem, acabam ficando tão leves que são eliminados na colheita, juntamente com a palha. Outro problema em relação aos grãos é que a qualidade fica comprometida, assim como a dos derivados do trigo, que podem apresentar micotoxinas produzidas pelo fungo. Pela amplitude dessas complicações, especialistas dizem que os danos provocados pela doença são subestimados. 

O desafio do produtor fica ainda maior porque a giberela é uma doença de difícil controle, e bastante influenciada pelas condições climáticas. O cenário mais favorável para sua expansão é o de frequente precipitação pluvial com temperaturas entre 20 °C e 25 °C. Tais características são mais comuns na Região Sul e, principalmente, nos anos com ocorrência do efeito El Niño. 

Um caminho mais vantajoso para superar a agressividade da doença e minimizar seus prejuízos é a integração de medidas de controle. Isso envolve a opção por cultivares menos suscetíveis, somada à aplicação antecipada e bem planejada de fungicidas, principalmente de forma preventiva e antes que ocorram condições climáticas favoráveis. Outra saída para que o agricultor drible a propagação da doença é escalonar a semeadura, prática que tende a ser ainda mais interessante com cultivares de ciclos distintos de espigamento. No caso da giberela, como o patógeno tem vários hospedeiros, a rotação de culturas não é indicada. 

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