Agricultura

Como calcular o espaçamento em tomateiros? | BASF

A produção de tomates ocorre para dois fins: o consumo in natura e o uso industrial, para a produção de molhos, por exemplo. Sendo assim, para cada uma dessas finalidades há cultivares adequadas com técnicas de manejo e cultivo diferentes. 

Ao calcular o espaçamento entre as mudas do tomateiro é preciso ter em mente qual a variedade que será cultivada. Isso porque são plantas com características e necessidades de manejo diferentes. 

Confira neste texto qual o espaçamento ideal para a produção do tomate de mesa e para o tomate industrial, conforme apontam as orientações da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). 

Tomate de mesa: qual o espaçamento ideal?

O tomate de mesa é um fruto com hábito de crescimento indeterminado ou semideterminado. As suas variedades, pertencentes aos grupos Santa Cruz, Cereja, Salada e Italiano, podem ser cultivadas tanto no campo, ao ar livre, quanto em ambientes fechados e protegidos, a exemplo das estufas. 

 

Em ambos os casos, o espaçamento utilizado depende de uma série de fatores como o nível tecnológico da produção, o modelo de manejo ou o tipo de material. Até mesmo o tamanho do fruto pode influenciar na decisão do produtor. Em geral, adota-se espaçamentos maiores quando a intenção é a produção de frutos de tomate mais pesados. Já quando o objetivo é uma produção em maior produtividade, sem que necessariamente o tomate tenha mais peso, o espaçamento pode ser menor. 

 

Tendo isso claro, o espaçamento mais indicado é de 1,10 metro a 1,20 metro entre os sulcos e de 0,60 metro a 0,70 metro entre plantas. Para esse tipo de tomate, também é bastante importante que o transplantio (que é quando passam as mudas das bandejas para o solo) seja mais profundo, de aproximadamente 20 cm do solo. 

 

Outro fator determinante para esse espaçamento é o período de plantio. Quando feito em épocas de temperaturas mais quentes e com alta umidade, como no verão, os espaçamentos maiores são uma ótima opção aos produtores para garantir uma plantação mais arejada, o que pode prevenir o ambiente contra doenças, pragas e fungos. 

Espaçamento por hastes

Quando a condução do plantio do tomate de mesa for em uma única haste, o indicado é um espaçamento de 1,00 a 1,10m entre fileiras e de 0,30m a 0,50m entre plantas. Já para duas hastes, o indicado é de 0,40 m a 0,50m entre plantas. 

“Para cultivares do grupo Cereja, sugere-se manter o mesmo espaçamento entre fileiras e aumentar o espaçamento entre plantas para 0,50 a 0,70 m, considerando o plantio de fileiras simples, sendo conduzidas com três a quatro hastes.”

 

Com isso em mente, é necessário saber qual a variedade que será cultivada. Contar com o apoio de um técnico ou engenheiro agrônomo é fundamental neste processo. Esses profissionais poderão indicar qual a melhor cultivar de acordo com as características da região de plantio, das condições do ambiente e da intenção do cultivo (se para consumo in natura ou para a indústria). 

Espaçamento ideal para plantio do tomate industrial

Como o plantio das mudas de tomate para fins industriais é feito normalmente por meio de maquinários, o espaçamento entre plantas e linhas deve ser proporcional ao sistema de distribuição de mudas. 

 

Hoje o método mais utilizado no mercado é por transplantadeira, que é quando as mudas são transplantadas por uma máquina das bandejas até o solo. Essa técnica reduz as chances de doenças ou pragas na cultura, assim como os gastos com irrigação e o tempo da planta no solo. 


No sistema por transplante, o produtor pode trabalhar com plantio de fileiras simples ou duplas. No sistema simples, o espaçamento adotado é de 1 metro entre linhas e de três plantas por metro linear. Já no sistema de plantio de fileiras duplas, o espaçamento indicado é de 1,2 m entre as fileiras duplas e 0,7 m entre as linhas.

Plantio mais denso ou menos denso: qual o mais indicado para minha lavoura?

Quanto menor o espaçamento entre os sulcos das plantas e as linhas, mais adensado o plantio. E assim, maiores as chances de doenças e pragas na lavoura. Isso porque, essa é uma condição que dificulta os manejos culturais e, além disso, pode provocar um aumento de umidade na área, favorecendo o ataque de fungos.

 

Por isso, antes de adotar um sistema mais ou menos adensado, o produtor precisa ter em mente que, apesar de produzir mais frutos, uma plantação de tomates mais densa é mais vulnerável, o que exige mais cuidados e investimentos. 


Sendo assim, a melhor estratégia é definir quanto de investimento será destinado ao plantio dos tomateiros e, após isso, contar com o auxílio de um técnico ou engenheiro agrônomo e com os produtos de combate às doenças e pragas da cultura.

 

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