Agricultura

Como acabar com o ácaro-branco no tomateiro? 

O ácaro-branco (Polyphagotarsonemus latus) ataca o tomateiro em qualquer estádio de desenvolvimento da planta, com a mesma forma de agir do ácaro-rajado. Outra semelhança entre as duas pragas é a infestação pela face inferior das folhas mais novas, onde as fêmeas depositam seus ovos isoladamente. No entanto, o ácaro-branco não tece teias de proteção como o ácaro rajado. 

O ciclo biológico do ácaro-branco dura de 3 a 8 dias, passando pelas fases de ovo, larva, pupa e adulta. Quando chega a essa quarta fase, a praga tem formato oval e largo e mede entre 0,14 mm e 0,2 mm de comprimento – as fêmeas são maiores que os machos. Apresentam uma coloração branco-amarelada e brilhante e têm quatro pares de pernas. Como costuma se alojar na face inferior de folíolos e brotos, na região apical da planta, é difícil ser detectado, e no monitoramento exige o uso de uma lupa com aumento de 40 vezes ou mais. 

Na fase de ovo, o ácaro apresenta cor branca ou pérola, é alongado e achatado e tem saliências superficiais (pontos) de cor branca. Na fase seguinte, de larva, ainda é esbranquiçado mas passa a ter um formato mais parecido com o adulto. Só que em menor proporção, e com apenas três pares de pernas, por isso move-se lentamente e não se dispersa para longe do local de colonização. A pupa segue o padrão de cor, tem formato elíptico e quatro pares de pernas muito curtas. 

Entre os principais danos causados pelo ácaro-branco, adultos e larvas perfuram e sugam as células da epiderme vegetal. Quando atacada, a planta apresenta brotos, folhas novas e extremidade das hastes com coloração bronzeada e face inferior do folíolo com aspecto vítreo (transparente). 

O tomateiro também fica com brotos e folíolos novos com bordos enrolados para baixo, quebradiços e rasgados. A alta infestação pode ocasionar o secamento dos folíolos e desfolha precoce interferindo negativamente na fotossíntese. 

Além do controle químico, com acaricidas, o produtor também pode adotar uma série de medidas para evitar a ação e a proliferação do ácaro-branco pela lavoura do tomate. Entre elas estão a utilização de cultivares mais adaptadas a cada região e a rotação de culturas, a destruição de restos culturais logo após a colheita, a eliminação de plantas daninhas e outras hospedeiras do ácaro e as inspeções periódicas das áreas de produção. 

Além disso, é importante utilizar o monitoramento e os insumos recomendados de maneira racional, coordenada e articulada, assim há um enfrentamento mais amplo e intenso dos problemas que afetam a cultura. 

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