Agricultura

Buva e Capim Amargoso: perdas por matocompetição em soja

No cultivo da soja, existem diversos fatores que podem interferir no bom desenvolvimento dos grãos e impactar diretamente na produtividade e na rentabilidade do agricultor. Entre esses fatores, as plantas daninhas, como buva e capim-amargoso, lideram o ranking.

Bastante comuns no campo, essas ervas indesejadas promovem a matocompetição com as plantas da soja por elementos básicos, como água, luz solar, nutrientes e espaço para se desenvolver. 

Assim, ao deixar a planta mais fraca e, como consequência, mais vulnerável, acabam sendo mais susceptíveis a entrada de pragas e patógenos causadores de doenças na lavoura. 

Entre as diversas plantas daninhas, a buva (Conyza spp.) e o capim-amargoso (Digitaria insularis) são as duas que mais afetam o rendimento da soja, de norte a sul do Brasil. 

Entenda como essas ervas se comportam nas lavouras e quais são as perdas provocadas por sua presença no campo.

Buva e capim-amargoso: como se comportam no solo

A buva e o capim-amargoso são duas plantas que possuem como características a fácil adaptação no ambiente, a rápida disseminação na lavoura e a capacidade de produção de sementes em grande escala. 

Enquanto a buva produz, em média, cerca de 200 mil sementes por planta em um ciclo, o capim-amargoso gera cerca de 100 mil sementes por inflorescência. 

Por conta de sua rápida dispersão na área de plantio e a particularidade de resistência aos principais grupos de herbicida disponíveis no mercado, como é o caso do glifosato, ambas as ervas são de difícil controle nas lavouras de soja.

Principais diferenças entre as plantas daninhas

O capim-amargoso, diferente da buva, é uma cultura perene, com capacidade de desenvolvimento durante todo o ano, e com sistema radicular formado por rizomas (caules subterrâneos). A erva se apresenta nas lavouras por meio de touceiras, que podem atingir mais de um metro de altura. 

Já a buva, possui um formato piramidal, de porte ereto, que pode chegar a 150 cm de altura. A planta daninha, ao contrário do capim que pode atacar uma lavoura em qualquer período do ano, germina com mais facilidade na entressafra. Por isso a importância das ações de manejo de controle antes do plantio.

Danos causados por buva e capim-amargoso na soja

Os maiores danos causados pelas ervas daninhas em uma plantação de soja estão relacionados à produtividade e à qualidade dos grãos da cultura. 

Afinal, com a matocompetição promovida pelas ervas daninhas, aumenta-se as impurezas e a umidade dos grãos de soja, o que afeta diretamente o valor final do produto e, como consequência, a rentabilidade do produtor. 

Esses fatores podem ser visualizados pelo produtor ao fim da safra, no momento da colheita, quando é possível identificar se os grãos possuem requisitos tidos como essenciais para uma boa comercialização.

Caso as plantas de soja tenham sido impactadas com a presenças das ervas daninhas, os danos podem ser quase que totais na lavoura. Em alguns casos, a buva pode gerar perdas de até 90% no rendimento, enquanto que o capim-amargoso pode ocasionar danos de até 70% à cultura, quando não controlado a tempo e de maneira eficiente.

Conte com as soluções adequadas para a sua lavoura

Entendendo a importância da buva e do capim amargoso nas plantações de soja, em todo o país, é fundamental trabalhar para garantir a proteção das lavouras contra essas ervas e, se necessário, realizar o correto manejo da área a ser semeada. 

Para isso, conte com o apoio e a consultoria especializada de seu técnico ou engenheiro agrônomo de confiança.

Leia mais:

Conheça as soluções da BASF para este cultivo: