Agricultura

Mofo-branco na soja: o que é e como identificar na lavoura

Nas últimas safras, os sojicultores do país perceberam um aumento na ocorrência do mofo-branco na soja. A doença, causada pelo fungo Sclerotinia sclerotiorum, pode afetar lavouras de todo o Brasil. 

Essa incidência mais intensa é motivo de preocupação aos produtores, já que é uma doença com amplo espectro de contágio em várias culturas e de difícil manejo. 

 

Além disso, quando não controlada adequadamente, pode resultar em perdas de até 70% da produtividade de uma lavoura de soja, segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa)

Portanto, saber como e quando a emergência do mofo-branco acontece na soja faz toda a diferença na hora de calcular os rendimentos finais da safra, uma vez que, com conhecimento, o manejo, de prevenção e combate, pode ser feito com maior eficácia.

Fatores que favorecem o mofo-branco na soja

Durante o estádio de floração (R1) da soja e a formação das vagens (R4) a cultura fica mais vulnerável aos ataques do patógeno causador do mofo-branco. 

Nesse período de tempo, o fungo presente no solo chega até as plantas pelo ar e as atinge por meio de suas flores. Porém, seu desenvolvimento é facilitado e intensificado quando o clima está chuvoso, úmido e com temperaturas amenas, entre 10ºC e 21ºC. 

Contato por meio de sementes

Além disso, a contaminação da doença na soja pode acontecer por meio de sementes. Não é uma situação tão comum no campo, porém acontece quando as cultivares são infectadas pelo fungo via sementes contaminadas.

“A transmissão por semente pode ocorrer tanto por meio do micélio dormente (interno) quanto de esclerócios misturados às sementes. Uma vez introduzido na área, o patógeno é de difícil erradicação”, pontua a Embrapa.

Portanto, é preciso planejar com cautela o plantio de culturas na entressafra. Dependendo do cultivo, o produtor poderá facilitara multiplicação e a entrada do patógeno na área, uma vez que ele sobrevive em mais de 400 culturas.  

Como identificar o mofo-branco em soja

O principal sintoma da doença na cultura é a presença de manchas aquosas em sua parte aérea, como nas pétalas e nos ramos laterais. Porém, o contato com a planta acontece por meio do terço inferior, no baixeiro. 

Quando não controlada, ou não manejada de maneira correta, a doença evolui para manchas com um tom castanho-claro e desenvolve micélios brancos e densos, que lembram um algodão. 

 

O mofo-branco também pode fazer com que as folhas da soja fiquem murchas e secas, podendo ocasionar a morte da planta em situações mais graves. 

Por fim, em um estágio mais avançado da doença — e o de mais difícil manejo — o micélio do fungo se transforma em um esclerócio, uma massa compacta e de coloração escura, podendo ser visualizado nas hastes e vagens da soja infectada. 

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