Agricultura

Entenda o que causa a antracnose na soja

A antracnose, causada pelo fungo Colletotrichum truncatum, é uma das doenças mais prejudiciais às culturas de soja no Brasil. Em anos chuvosos, de acordo com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), quando não controladas, podem ocasionar a perda acentuadas nas lavouras.

 

Seu patógeno causador se desenvolve muito bem em áreas muito úmidas e quentes, em que as temperaturas são superiores a 24ºC. Apesar disso, os sojicultores da região Sul do país também estão ameaçados pela doença no verão, quando as temperaturas podem superar os 30ºC e as chuvas são mais constantes.

 

No entanto, conforme  a Embrapa, a antracnose ocorre com maior frequência nas regiões do Cerrado, em especial nas localidades do Matopiba — formada pelos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia – em função das altas temperaturas e pela incidência de chuvas. 

Condições favoráveis à antracnose 

Restos de culturas, sementes infectadas de outras lavouras e com deficiência de nutrientes, como potássio, também oferecem ótimas condições para o aparecimento e desenvolvimento do fungo. Segundo a Embrapa, “sementes que sofreram atraso de colheita, por excesso de chuvas, podem apresentar índices mais elevados de contaminação”.

 

Além disso, plantações com excesso de plantas, cultivo incessante da soja e com estreitamento nas entrelinhas também atraem os patógenos causadores da antracnose e são ótimos ambientes para seu desenvolvimento.

 

Insetos, equipamentos agrícolas, pessoas que estiveram em áreas contaminadas com a antracnose e até mesmo chuva e água de irrigação são os disseminadores do patógeno, uma vez que podem transportá-lo de uma área infectada para outra sadia.

 

Então, ao se depararem com as condições ideais para o seu estabelecimento, os patógenos acabam se desenvolvendo em uma velocidade bastante rápida. Porém, sua presença, que pode ocorrer em qualquer período da lavoura, só é notada pelo produtor no período de reprodução.

 

Neste estágio, as vagens infectadas apresentam uma coloração que pode ir de castanho-escura a negra e ficam retorcidas. “Nas vagens em granação, as lesões iniciam-se por estrias de anasarca e evoluem para manchas negras. As partes infectadas geralmente apresentam várias pontuações negras que são as frutificações do fungo (acérvulos)”, informa a Embrapa. 

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