Agricultura

Quais são as principais pragas do cultivo da batata?

Considerada uma cultura de alto risco, a batata exige manejo sanitário muito eficiente para conter o amplo ataque de insetos pragas, que acontece em todas as fases do cultivo. Ponto crucial para o sucesso no combate e na prevenção é conhecer bem os inimigos. 

De maneira geral, o controle é feito com monitoramento, boas práticas agrícolas, manejo integrado de pragas, aplicação correta e estratégica de métodos de controle. A orientação agronômica profissional é essencial para o bataticultor definir a melhor estratégia de manejo. 

Veja quais são as principais pragas que atacam a bataticultura.

Vaquinha ou larva-alfinete

Também conhecida como patriota, pela coloração verde e amarela quando adulta, a Diabrotica speciosa é mais prejudicial em sua fase larval. Como o próprio nome sugere, nesse período seu ataque deixa marcas como furos como se fossem feitos por um  alfinete no tubérculo, reduzindo seu valor comercial. 

Na fase adulta, medindo de 5 mm a 6 mm, consome a parte aérea das plantas, mas o prejuízo não é comparável ao provocado pelas larvas. A vaquinha pode migrar de lavouras de milho, feijão e soja para os campos de batata. 

Traça

A Phthorimaea operculella também é mais prejudicial na fase larval, quando causa danos em folhas e nos ramos, podendo levar as plantas à morte. Em seguida ataca os tubérculos, construindo galerias onde é possível ver os danos e suas fezes. 

O estrago vai além: a batata comprometida é um vetor de difusão do inseto quando armazenada com as demais. A fase adulta é caracterizada por hábitos noturnos, durante o dia fica protegida entre as folhas. Cada fêmea coloca em média 300 ovos próximos das nervuras da superfície inferior das folhas.

 

Pulgões

Esses pequenos insetos (Macrosiphum euphorbiae e Myzus persicae) sugam a seiva das plantas injetando uma saliva tóxica. Mas os piores danos acontecem de forma indireta, quando a população aumenta e cresce também o poder de transmissão de vírus como o PVY e o PLRV, causadores do mosaico e do enrolamento das folhas, respectivamente. Qualquer prejuízo às folhas reduz o potencial de fotossíntese e de produção das plantas, o desenvolvimento dos tubérculos e a lucratividade do agricultor.

Mosca-minadora

O inseto (Liriomyza spp.) não tem esse nome por acaso. As fêmeas adultas consomem o conteúdo celular das plantas, deixando várias perfurações e galerias. Começam o estrago pelas folhas mais velhas, e se não controladas chegam também às folhas mais novas. Com a redução da área fotossintética, a planta fica fragilizada, mais suscetível à entrada de doenças fúngicas e com maior risco de morte.

Cigarrinha

O ataque às lavouras acontece de forma esporádica e desuniforme, principalmente na parte mais baixa das plantas, onde o inseto (Empoasca spp.) vive. Favorecida pelo clima úmido e quente, a cigarrinha se alimenta da seiva da planta ao mesmo tempo em que injeta saliva tóxica, paralisando o crescimento das plantas e provocando encarquilhamento (enrugamento foliar) e necrose de folíolos e folhas.

Mosca-branca

Esse inseto (Bemisia tabaci) causa danos no atacado: além da sucção de seiva, que prejudica a evolução da planta, favorece o desenvolvimento de fumagina e pode transmitir viroses como o Tomato yellow vein streak vírus (ToYSVS), que causa o mosaico-deformante na cultura.

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