Agricultura

Como identificar e tratar as doenças fúngicas da videira?

A cultura da uva sofre com diversos problemas fitossanitários. Nesse cenário, a emergência de doenças fúngicas acaba sendo uma das principais preocupações dos viticultores. 

Quando não controladas, essas doenças podem ocasionar danos gravíssimos aos pomares, causando perdas de toda uma plantação e contribuindo para uma queda na qualidade de seus derivados, como sucos e vinhos, por exemplo.

Sendo a viticultura a principal fonte de renda de muitos produtores da região sul do Brasil, é de extrema importância saber identificar as doenças fúngicas no pomar e como tratá-las. 

Quais são as principais doenças fúngicas da videira? 

Entre as plantações de uva espelhadas pelo Brasil, em especial nos estados da região Sul do país, há uma imensidão de doenças fúngicas presentes nas lavouras, que possuem maior ou menor intensidade de ação de acordo com a região, a variedade sendo cultivada, as condições climáticas do ambiente e as ações de manejo realizadas pelo produtor. 

 

As que mais preocupam os viticultores são: míldio (Plasmopara viticola), oídio (Uncinula necator), podridão-cinzenta (Botrytis cinerea), antracnose (Elsinoe ampelina) e ferrugem da videira (Phakpsora euvitis Y. Ono).

 

Leia mais: Saiba como identificar as principais doenças da videira

Como identificar as doenças fúngicas nos pomares? 

De acordo com o manual de doenças fúngicas da videira da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o processo para identificar uma doença fúngica é basicamente o mesmo: consiste em observar as mudanças morfológicas e fisiológicas do tecido vegetal das videiras. 

 

Essas mudanças, que são os sintomas da presença de uma doença no parreiral, são facilmente identificadas pelo produtor a olho nu. Isto é, não é necessário que sejam feitas análises laboratoriais dos frutos, como acontece em algumas situações na cultura da soja e do milho, por exemplo. 

 

Segundo a Embrapa, os principais sinais de uma doença na videira, são: 
 

  • Formação de estruturas dos fungos na superfície dos frutos; 

  • Danos nos bagos; 

  • Manchas e pequenos pontos na superfície dos frutos, normalmente na cor esbranquiçada ou acinzentada.

 

Com características de ação muito parecidas, é importante que o produtor faça uma investigação mais a fundo em seu parreiral ao notar alguns dos sintomas mencionados acima. Sendo assim, saber como cada doença se comporta é fundamental. 

Ações de controle contra as doenças fúngicas 

Apesar de existirem ao menos 16 doenças fúngicas registradas pela Embrapa, as ações de prevenção e de controle de cada uma delas são praticamente as mesmas e estão muito relacionadas ao cuidado que o agricultor tem com o solo e com as videiras. 

De acordo com o órgão, utilizar variedades de uvas resistentes aos patógenos é o primeiro ponto para prevenir a ocorrência das doenças fúngicas. Depois disso, é fundamental que a instalação do parreiral seja feita em um local arejado. Ou seja, com muito sol e sem umidade e água em abundância. 

 

Além disso, garantir uma adubação equilibrada, sem nitrogênio (N) em excesso, eliminar restos culturais de outras safras, fazer podas adequadas no tempo certo e estruturar parreirais com bastante passagem de ar também são ações que o produtor precisa pensar antes de iniciar um cultivo de uvas. 


Por fim, como medida de combate e também de controle, a Embrapa orienta a aplicação (pulverização) de fungicidas e alguns tratamentos mais específicos para cada caso, como por exemplo, o tratamento de inverno (calda sulfo-cálcica) para a podridão da uva madura e para o declínio da videira. 

 

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