Agricultura

O que causa ferrugem na videira?

A ferrugem da videira é uma doença fúngica, causada pelo patógeno Phakopsora euvitis, parasita que só se desenvolve e se reproduz quanto tem um hospedeiro. A primeira vez que a ferrugem da videira foi detectada em plantações do Brasil aconteceu no início dos anos 2000, mais exatamente em 2001, em um parreiral comercial da variedade Itália, ao norte do Paraná, no município de Jandaia do Sul. 

Pode-se dizer que nas condições em que a videira é conduzida, a doença encontra um ambiente bastante favorável nos parreirais, pois, segundo informações do Instituto Biológico, órgão de pesquisa vinculado ao Governo do Estado de São Paulo, sua sobrevivência de uma safra para outra é beneficiada pela presença de tecidos verdes na planta durante todo o ano, por invernos amenos e pelo cultivo continuado da videira em regiões que produzem mais de uma safra anual.

Após instalada nas plantas, a ferrugem causa o surgimento de pústulas amareladas nas folhas, com urediniósporos nas superfícies inferior e superior. Nesses pontos lesionados, o tecido fica necrosado, e dependendo do grau de infecção pode ocorrer uma desfolha precoce. Embora as folhas maduras sejam as mais atingidas, as lesões podem surgir ainda nos pecíolos, nas brotações e nas ráquis, em menor intensidade, como informa o site Agrolink. Junto com as folhas caem também o vigor e a produtividade da planta, assim como a lucratividade do agricultor.

Por falar em negócios, na questão financeira, exatamente as cultivares mais consumidas no País – Itália, Isabel e Niágara – são bastante suscetíveis à ferrugem, o que acaba exigindo uma atenção maior dos produtores e, necessariamente, a aplicação de de métodos de controle como o uso de fungicidas, desde que devidamente registrados para uso no cultivo e sempre respeitando o período de carência estabelecido. O manejo fitossanitário durante todo ciclo e na entressafra é imprescindível, até pelo alto poder de disseminação dos esporos da doença, que podem atingir grandes distâncias levados apenas pelo vento. 

De acordo com o Instituto Biológico de São Paulo, a pulverização acaba se tornando uma constante na plantação, pois não há como eliminar de vez a ferrugem. Ou seja, esse custo passa a ser permanente, podendo variar de acordo com a intensidade de ocorrência e necessidade de mais ou menos aplicações de fungicida.

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