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Agricultura

Como identificar e controlar o mofo-branco no feijão

Causado pelo fungo Sclerotinia sclerotiorum, o mofo-branco é uma das doenças que mais tiram o sossego do produtor de feijão. Além do alto poder destrutivo, seu patógeno pode sobreviver no solo por um período de pelo menos cinco anos, protegidos por suas estruturas de resistência. Chamadas de escleródios, essas estruturas têm coloração preta e podem ser identificadas com facilidade nas lavouras já infectadas.   

A germinação dos escleródios acontece de duas maneiras. Uma delas é a misceliongênica, com a produção de hifas que podem estar nas sementes e, a partir daí, iniciar uma nova disseminação da doença na plantação. A outra é a carpogênica, quando há produção de apotécios, estruturas com formato de cogumelo que liberam milhões de esporos, que são levados pelo vento e infectam as plantas. 

Os sintomas do mofo-branco começam a aparecer na junção do pecíolo com a haste, cerca de 10 cm a 15 cm acima do solo, gerando a formação do micélio branco. A infecção causa o apodrecimento do caule e, por consequência, a murcha da planta. De maneira geral, esse processo coincide com o fechamento da cultura e o florescimento. 

Nesse ponto, as pétalas de flores senescentes acabam sendo colonizadas, pois são órgãos de fácil acesso para o fungo adquirir energia e se desenvolver. E dessa forma iniciar a contaminação de outras partes da planta, como folhas, hastes e vagens. 

O ataque severo da doença nas vagens se nenhuma forma de combate for adotada causa seu apodrecimento e a queda, reduzindo drasticamente a produtividade. O problema vai além, pois dependendo do local e da extensão da necrose, a planta pode amarelecer e morrer. 

A aplicação de fungicidas tem forte impacto no manejo de controle, mas deve ser realizada como medida preventiva, começando durante a queda das primeiras flores e em locais onde já há formação dos apotécios no solo. 

O uso de defensivos com grupos químicos diferentes reforça o controle e evita o aparecimento de resistência aos produtos. Já a rotação de culturas pode não ter efeito tão impactante quanto a dos fungicidas, isso porque o patógeno do mofo-branco tem mais de 400 plantas hospedeiras. Como praticamente só as gramíneas escapam dessa lista, acaba sendo difícil encontrar a combinação mais adequada e eficiente. 

Os produtos biológicos podem entrar nesse manejo todo de forma preventiva. Em termos de boas práticas agrícolas, o sistema de plantio direto (SPD) é uma opção valiosa, porque a palhada atua como barreira física que reduz a produção de apotécios. O conjunto de práticas de controle fazem com que o agricultor tenha sucesso na sua atividade.

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