Agricultura
Manejo correto para evitar a pinta preta | BASF
Causada pelo fungo Phyllosticta citricarpa, a doença pode gerar perdas de até 85% na produção de plantas de laranja doce, de acordo com informações do Fundecitrus (Fundo de Defesa da Citricultura).
Manejo correto para evitar a pinta preta
Muitas das formas de se evitar a ocorrência e a disseminação de doenças pelos pomares já fazem – ou deveriam fazer – parte da rotina dos citricultores em suas propriedades. Boas práticas agrícolas contribuem para o combate e o controle, por exemplo, da pinta preta (também chamada de mancha preta) na citricultura.
Causada pelo fungo Phyllosticta citricarpa, a doença pode gerar perdas de até 85% na produção de plantas de laranja doce, de acordo com informações do Fundecitrus (Fundo de Defesa da Citricultura).
Esse prejuízo pode ser, no mínimo, amenizado se o agricultor tomar as devidas medidas para eliminar fatores de propagação da pinta preta e fizer o uso correto de fungicidas. Levantamento do próprio Fundecitrus aponta que para cada R$ 1 investido em pulverizações, o citricultor consegue evitar perdas de R$ 5 a R$ 25 ao reduzir a queda precoce dos frutos causada pela doença.
Neste ponto, o produtor pode contar com a parceria da BASF, que oferece um robusto portfólio de soluções tecnológicas para o combate desta e de outras doenças fúngicas, e também coloca à disposição sua equipe técnica, um time de profissionais devidamente capacitados para auxiliar na definição da melhor estratégia de proteção dos pomares.
Para que as medidas de proteção das plantas funcionem corretamente, é importante conhecer a doença e a forma como age.
O nome de pinta ou mancha preta é uma referência às marcas deixadas pelo ataque do fungo nas cascas dos frutos e nas folhas dos citros. A principal consequência da doença é a queda prematura dos frutos, o que provoca perdas imediatas na produtividade dos pomares.
Além disso, embora a pinta preta não altere a qualidade do suco dos citros, provoca lesões que tiram o valor dos frutos frente ao mercado in natura. Também ficam impedidos de entrar em mercados livres da doença, como a Europa, por se tratar de uma doença quarentenária. Ou seja, prejuízo para as exportações brasileiras.
A pinta preta entra na propriedade por diferentes formas. Uma delas é a partir de mudas já contaminadas, risco que se corre quando o material é proveniente de viveiros não certificados. Folhas e ramos também servem como veículo de transmissão da doença, e podem ser levados de uma fazenda para outra por caminhões, tratores, máquinas e implementos agrícolas durante o período de colheita.
Os esporos do fungo ainda podem ser levados pelo vento, contaminando outras plantas dentro do mesmo pomar ou em pomares vizinhos, até em outras propriedades.
Para todas essas situações, o manejo eficiente é o sinônimo de prevenção. A começar pela inspeção dos pomares, para identificar a presença da pinta preta e a dimensão da infestação. Esse monitoramento deve abranger ainda as condições nutricional e de saúde das plantas, pois a fragilidade em relação a qualquer desses fatores facilita a entrada e o avanço de doenças.
O cuidado sanitário com os pomares passa, necessariamente, pelo plantio de mudas sadias, adquiridas de fornecedores certificados.
O manejo preventivo da pinta preta inclui a eliminação de material orgânico que favoreça a disseminação da doença. Isso pode ser feito com a remoção ou a decomposição de folhas caídas e retirada de frutos infectados.
O citricultor tem a possibilidade de utilizar barreiras naturais para evitar que a doença se espalhe, como a cobertura das folhas sob as árvores com o adubo verde, plantado nas entrelinhas do talhão, e os quebra-ventos com árvores mais altas que os pomares ao redor da propriedade e entre os talhões.