Agricultura
Cana-de-açúcar: Como preparar as mudas sadias e de boa qualidade para o plantio? | BASF
A preparação das mudas de cana-de-açúcar para a formação ou reforma de um canavial não é uma ação isolada. Ao contrário, deve fazer parte de um planejamento que envolve diversos outros fatores. Esse diagnóstico vai desde as características climáticas, topográficas e agronômicas do local onde será feito o plantio, até o sistema de produção, objetivos do fornecimento da cana, metas de qualidade e produtividade e os desafios comuns à região, como clima, pragas, doenças e plantas daninhas.
As informações ajudarão o produtor a escolher a cultivar que melhor se adapta a esse ambiente. A ideia é buscar os resultados mais positivos, tanto nos índices de qualidade e produtividade, quanto no aproveitamento adequado dos recursos naturais, promovendo a sustentabilidade da atividade.
Por isso, como orienta a Embrapa, é fundamental verificar a procedência das mudas, se de fato correspondem à opção do agricultor, se são sadias e se apresentam algum grau de resistência aos problemas sanitários comuns ao local.
Até pela representação das mudas no custo total de produção, sua escolha também tem caráter comercial, direcionada pela oportunidade da tendência mercadológica mais favorável ao segmento de energia, etanol ou ao segmento de açúcar. E nesse ponto do equilíbrio custo e benefício, pesa a relação da quantidade de mudas por área.
Segundo a Embrapa, no método convencional, a necessidade pode variar entre 10 e 15 toneladas de mudas por hectare. A combinação de períodos mais favoráveis ao plantio e mudas de altíssima qualidade permite que o volume seja menor.
É preciso considerar que a muda da cana é, na verdade, uma cana jovem com oito a dez meses, que foi plantada em ótimas condições, com o solo fértil e sob um bom controle de pragas e doenças. Manter – ou até melhorar – essas condições é uma maneira de assegurar as chances de obter resultados positivos.
A distribuição deve ser feita com ao menos 12 gemas por metro linear de sulco, mas se o plantio for feito em períodos de estiagem, essa densidade pode subir para 15 a 18 gemas por metro de sulco. Em todo o processo, é importante ter apoio de um engenheiro agrônomo de sua confiança.