Agricultura

Podridão vermelha na cana: um novo desafio para a cultura | BASF

A Podridão vermelha da cana-de-açúcar é uma doença que tem se destacado em diversas regiões tradicionalmente produtoras devido a proibição da queimada do canavial. Leia mais para entender sobre o assunto.

Ticyana Banzato - Engenheira Agrônoma 

A Podridão vermelha da cultura de cana-de-açúcar (Colletotrichum falcatum), é uma doença que sempre foi considerada secundária na cultura, contudo tem se destacado em diversas regiões tradicionalmente produtoras. Isso porque a proibição da queimada do canavial, que antecedia a colheita e a mecanização da mesma, tem sido o grande fator que impulsiona a disseminação da doença.

Uma vez que a manutenção da palhada na área de cultivo entre as safras aumenta a quantidade de inóculo ano a ano, por isso, o patógeno tem atingido níveis de infecção nunca alcançada. Os sintomas são comuns nos colmos, que sempre foram o alvo da infecção, sempre após o ataque da broca-da-cana. Porém com a pressão de infecção da doença, têm sido encontrados sintomas em folhas e em outros locais na planta, sem nenhum sinal de ferimentos, sugerindo infecção por aberturas naturais ou germinação e penetração direta do fungo.

Colmo com sintoma severo de podridão vermelha e colmo com ferimento causado pela entrada da broca da cana.

Com frequência, além dos sintomas externos, há a redução da produtividade, além da inversão da sacarose (que prejudica a fermentação do mosto) e falhas de plantio de cana; estima-se que há 30% de redução na produtividade em canaviais afetados.

Atualmente, para o seu controle, é recomendado o uso de variedades precoces, já que é possível a colheita antes que o sintoma se mostre severo no campo e incorpore a palhada, já que a fase sexuada do patógeno se dá ao mesmo tempo e atinge a planta através dos respingos de chuva no início do verão, enquanto a planta ainda está brotando e se multiplicam na folha antes de escorrer junto com a água, nos colmos e na bainha. Estuda-se a possibilidade de aplicação de defensivos biológicos na palhada ou na folha, a fim de reduzir a população do patógeno por competição, mas nenhum resultado concreto foi obtido.

A intensidade da antracnose só aumenta nas plantações de cana-de-açúcar, controle, etiologia, genética e sua patogenicidade ainda não estão totalmente esclarecidos, ainda há muitas lacunas passíveis de estudos relacionados a esse patógeno. A comunidade científica está trabalhando intensamente para entender melhor essa doença e poder proporcionar respostas mais assertivas quanto seu manejo no campo.

Fonte Texto:

AMORIM, L.; REZENDE, J.A.M. & BERGAMIN FILHO, A. Manual de Fitopatologia. Volume 1 - Princípios e Conceitos. 4ª Edição. Editora Agronômica Ceres Ltda. São Paulo. 2011. 704p.

Amorim, L., Rezende, J.A.M., Bergamin, A.F., Camargo L.E.A., Manual de Fitopatologia, vol. 2, doenças das pla ntas cultivadas 5° ed., São Paulo: Agronômica Ceres, São Paulo, 810p. 2016.

Fonte Imagem:

Ticyana Banzato

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