Agricultura

Cafeicultor deve apostar em cautela e gestão de riscos

O café em 2022: um olho no campo e outro no mercado

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Se o produtor de café passou o ano de 2021 se desdobrando para lidar com déficit hídrico e as fortes geadas nos meses de junho e julho, agora é um bom momento para calibrar a administração dos cafezais, acertar a gestão de riscos e investir – ainda mais – em boas práticas agrícolas. Inclusive investindo nas melhores soluções tecnológicas para enfrentar desafios comuns a toda safra, como pragas, doenças e plantas daninhas. Não há tempo para pensar se o copo de café está meio cheio ou meio vazio, o negócio é garantir que ele traga bons resultados. 

É imprescindível que os agricultores protejam seus cafezais, porque os desafios que deram trabalho este ano podem impactar até a temporada 2022/23. A falta de chuvas registrada no verão e no outono, por exemplo, prejudicaram o desenvolvimento vegetativo das plantas, o que consequentemente desfavorece a formação de frutos na sequência das recentes floradas. De acordo com análise da Consultoria Agro do Itaú BBA, até as lavouras irrigadas sofreram limitação de desenvolvimento, pois os reservatórios também foram afetados pela restrição da oferta de água. 

A boa notícia é que a retomada das chuvas em outubro, com volumes consideráveis, reduziu o déficit hídrico, favorecendo a abertura das floradas. A mudança de cenário ameniza a situação, no entanto, como a estiagem foi rigorosa, só será possível avaliar o potencial de recuperação e apresentar um melhor dimensionamento do tamanho da safra nos primeiros meses de 2022, com a avaliação da formação dos chumbinhos. 

No caso das geadas, os graves danos ocorridos em diversas áreas, inclusive com perdas de plantas e a necessidade de podas intensas, podem ter como consequência desde o replantio de lavouras novas até a quebra de produção no ano seguinte. Estima-se que até 20% da área total de café arábica tenha sido afetada, o que corresponde a 280 mil hectares. 

Segundo o Itaú BBA, as perdas do café arábica com a seca e as geadas neste ano podem variar entre 8 milhões e 12 milhões de sacas, mantendo a produção em um patamar que vai de 38 milhões a 42 milhões de sacas. Já o café conilon, que não tem bianualidade, avançou 5% em relação ao ano anterior e passou de 21 milhões de sacas. 

 

Somadas as estatísticas das duas variedades, o volume de sacas de café produzidas no Brasil em 2022/23 pode ficar entre 60 milhões e 64 milhões. Considerando a estimativa de consumo interno em 23,7 milhões de sacas em 2021/22, conforme o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), o potencial de exportação para o período que vai de julho/22 a junho/23 será de 37 milhões a 41 milhões de sacas. 

Em termos de balanço financeiro, considerando a cotação de até R$ 1,5 mil/saca para a comercialização em 2022/23, o agricultor conseguirá proteger os altos custos – já sendo formados em até R$ 20 mil/hectare – e ainda garantir retorno satisfatório, segundo os técnicos do Itaú BBA. Independentemente desses valores, os especialistas destacam a importância de os produtores continuarem alertas quando aos desafios climáticos. Na verdade, sugerem que se combine investimento na atividade e proteção dos preços das entregas de safras futuras, o que traz mais segurança. Em outras palavras, a gestão de risco – preços, câmbio, clientes – é primordial. 

Esse cuidado, vale ressaltar, passa pela adoção de boas práticas agrícolas e pelo investimento em tecnologias que garantam proteção e o melhor desenvolvimento das lavouras. A BASF, empresa parceira do agricultor, dispõe de um amplo portfólio de soluções para auxiliá-lo na melhor gestão dos cafezais, reduzindo os riscos e ampliando as chances de aproveitar ao máximo o potencial genético das plantas.

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