Agricultura
Sarna comum da batata: Entenda como controlá-la | BASF
Sarna comum é uma das principais doenças da batata, ataca os tubérculos, depreciando o produto final, seja reduzindo o preço ou descartando. Leia essa matéria e entenda como controlar essa doença.
Giovane Assoni - Engenheiro Agrônomo
A sarna comum é uma doença de difícil controle, pois pode ser causada por mais de 10 espécies de bactérias do gênero Streptomyces. Além disso, somente os tubérculos são afetados, dessa forma, a doença geralmente só é detectada no momento da colheita.
Apesar de não representar grandes perdas na produtividade da cultura, as lesões causadas por essa doença acabam por reduzir, em muito, a qualidade final do produto, diminuindo a rentabilidade do agricultor.
Os patógenos causadores dessa doença são extremamente adaptados ao solo e podem estar presentes antes do plantio ou transmitidos através de batata-semente contaminada. Em condições de solos mais secos e pH mais alcalinos (acima de 6,0) a doença é favorecida, causando maiores danos.
Como controlar a doença:
As principais medidas de controle da doença listadas no Manual de Fitopatologia tem como função a prevenção do aparecimento da sarna através de estratégias como:
- Utilização de rotação de culturas com gramíneas;
- Plantio de batata-semente certificada, com baixa porcentagem de tubérculos infectados;
- Evitar plantio em solos propícios à doença, como por exemplo, solos infestados, alcalinos e/ou solos com matéria orgânica mal decomposta;
- Controle da umidade do solo, mantendo umidade elevada nos períodos de formação do tubérculo e diminuindo as oscilações da umidade;
- Utilização de variedades menos suscetíveis, tais como: Atlantic e Mondial;
- Controle químico, tratamento da batata-semente no sulco de plantio, ou através pulverização do produto no colo da planta antes da operação de amontoa.
Fonte Texto: Embrapa Hortaliças
Sociedade Brasileira de Fitopatologia
SOUZA-DIAS, J.A.C; IAMAUTI, M.T & FISCHER, I.H. Doenças da Batateira. In: AMORIM, L. et al. (Ed.). Manual de Fitopatologia: Volume 2 – Doenças das Plantas Cultivadas. 5ª ed. Ouro Fino: Ceres, 2016. p. 125 - 147.
Fonte Imagem: Embrapa