Agricultura
Como identificar e controlar o capim-arroz na sua lavoura | BASF
Uma das principais plantas daninhas da rizicultura é o capim-arroz (Echinochloa spp.), invasora de alta agressividade que pode reduzir em até 90% a produtividade dos grãos de arroz. Isso porque compete com a planta cultivada por água, luz, nutrientes e espaço físico, comprometendo a evolução da lavoura.
A planta daninha ainda pode provocar o acamamento do arroz, dificultando a colheita e ampliando as perdas. Quanto antes o agricultor identificar e controlar essa invasora, maior é a chance de impedir uma quebra de safra e de rentabilidade.
Essa planta invasora também pode ocorrer nas lavouras de outros grãos – soja, milho e feijão – e culturas como algodão, cana-de-açúcar, tabaco e diversas espécies de hortaliças e tubérculos. Nesses casos, ao menos sua identificação fica mais fácil do que na rizicultura, devido às semelhanças com a própria planta do arroz (daí o nome de capim-arroz).
Principais diferenças entre o capim-arroz e o arroz cultivado:
Capim-arroz (Echinochloa spp.) |
Arroz cultivado (Oryza sativa) |
Ausência de lígula. | Presença de lígula membranácea longa. |
Base da planta com pigmentação arroxeada. | Base da planta verde. |
Em algumas espécies (Echinochloa colona) a nervura central das folhas bem esbranquiçada (“lombo branco”). | Nervura central das folhas na cor verde, pouco pronunciada. |
Possibilidade de listras roxas, perpendiculares ao sentido das nervuras foliares, quando em estágio inicial de desenvolvimento. | Sem distinção de coloração nas folhas. |
Além das características morfológicas, estas plantas daninhas são ainda mais perigosas, por serem hospedeiras de pragas, nematóides e vírus causadores de doenças.
Por todas essas questões é que se faz tão necessário o controle principalmente com herbicidas, manejo que deve ser feito de forma bastante estratégica, sobretudo pelo surgimento de casos de resistência da invasora a princípios ativos, como o glifosato.
O controle eficiente do capim-arroz depende ainda do melhor conhecimento do efeito dos herbicidas sobre essa planta daninha, para que se possa fazer um rodízio de princípios ativos e evitar que a planta daninha adquira resistência a esses produtos. A aplicação dos defensivos será mais bem aproveitada se associada a outras medidas como o controle preventivo, cultural, mecânico, físico e biológico, sob a orientação de um profissional de agronomia da sua confiança.