Agricultura
Identificação e manejo de ciperáceas na cultura do arroz | BASF
Se lidar com plantas daninhas já é um grande desafio para o produtor de arroz, dar conta de controlar toda uma família de invasoras é ainda mais. É esse o cenário quando se trata das ciperáceas, plantas invasoras da família Cyperaceae, que no Brasil é composta por cerca de 600 espécies. A maior parte delas bastante agressiva e de difícil controle. As mais comuns são conhecidas pelos nomes populares de junça, junquinho, tiririca, entre outros.
Como várias das espécies das ciperáceas se desenvolvem bem em regiões de ambientes úmidos ou alagados, como várzeas cultivadas, as lavouras de arroz acabam se tornando um ambiente favorável para essas invasoras. O gênero Cyperus é o mais representativo das ciperáceas, e o que apresenta a maior quantidade de espécies daninhas. Também podem ser considerados invasivos os gêneros Bulbostylis, Carex, Eleocharis, Frimbristylis, Fuirena, Pycreus, Rhynchospora, Scirpus e Scleria.
A ciperácea mais importante na cultura do arroz irrigado é o Cyperus iria (junquinho). O Cyperus rotundus é uma espécie problema na cultura da cana-de-açúcar, também chamada de tiririca, tiririca-comum, tiririca-vermelha, tiririca-de-três-quinas, junça, junça-aromática, capim-dandá ou alho, além da competição por espaço, luz, água e nutrientes com o arroz, serve de hospedeira para fungos e nematóides. Se já é difícil de ser controlada, quanto mais erradicada.
A estratégia de controle das ciperáceas de maneira geral deve levar em consideração a prevenção, com a seleção de sementes e mudas certificadas e a eficiente limpeza dos implementos agrícolas, e a interação das formas de manejo, a partir dos controles cultural, mecânico, químico e biológico. No caso de combate por meio de herbicidas, é imprescindível que o produtor siga corretamente as indicações e orientações da bula do defensivo, e faça uma rotação de princípios ativos para evitar a ocorrência de resistência das invasoras.