Agricultura
Algodão: Conheça a lagarta rosada, praga que gera prejuízos na cultura | BASF
Com presença generalizada nas regiões produtoras de algodão, a lagarta rosada (Pectinophora gossypiella) tem grande importância na cotonicultura, pois causa danos consideráveis às lavouras e à lucratividade do agricultor.
O inseto é considerado um microlepidóptero – as lagartas medem entre 10 mm e 14 mm, já como mariposa tem cerca de 20 mm. Nessa fase adulta, apresenta uma coloração pardacenta, tem asa anterior com manchas escuras e a posterior de cor cinza-escura.
A postura dos ovos, de forma individual ou em grupos de 15 a 20 unidades, acontece entre as fendas das brácteas, flores e “maçãs”, exatamente onde as lagartas irão se desenvolver. E é aí que aparecem os sintomas de sua presença: flores que não abrem (rosetadas), queda de botões florais, maçãs destruídas total ou parcialmente, fibras e sementes danificadas (o que gera perda de valor comercial) e capulhos com amadurecimento precoce.
Como o próprio nome diz, a lagarta é rosada, mas só fica assim na última fase dessa etapa, quando já está prestes a ir para o solo, onde se transformará em pupa, caso as condições sejam favoráveis, e continuará seu ciclo.
No início da forma de lagarta, de 3 a 4 dias após a eclosão, o inseto tem apenas 4 mm e sua cabeça tem coloração amarela com marrom-escuro. Seu corpo esbranquiçado vai passando à cor rosa conforme vai se desenvolvendo.
O ciclo completo de vida da praga dura entre 21 e 45 dias e é bastante influenciado pela temperatura. Por ter hábitos noturnos, o monitoramento das lavouras com auxílio de armadilhas deve ser realizado quando sua atividade é maior, pois facilitará tanto a visualização quanto a avaliação da amplitude da infestação.
O Manejo Integrado de Pragas (MIP) é a forma de controle mais adequada, pois já envolve diversas medidas para evitar, ou pelo menos amenizar, a ação do inseto. Entre essas providências estão o cuidado com a época apropriada para o plantio, o manejo cultural, a retirada de “maçãs” e capulhos caídos pelo terreno, a eliminação dos restos culturais a cada safra aliado ao controle químico e biológico, que devem ser feitos com assistência do seu engenheiro agrônomo de confiança.
A inspeção da infraestrutura de armazenamento, como galpões, depósitos, esteiras e descaroçadores também é fundamental para evitar que ocorra o alojamento da praga nesses locais e se tornem ponto de partida para novas infestações.