Agricultura

Algodão: Quais as cinco principais pragas e doenças na cultura do algodoeiro? | BASF

Dizem que quem produz algodão com eficiência provavelmente tem condições de cultivar bem qualquer outra commodity, tamanha a exigência em conhecimento técnico da cotonicultura. De fato, as lavouras de algodão enfrentam uma série de obstáculos que exigem atenção permanente do agricultor, a exemplo das pragas e doenças. Conheça os cinco principais desafios em cada um desses grupos. 

Pragas

Bicudo-do-algodoeiro (Anthonomus grandis) – É um dos maiores vilões do algodão, principalmente pela dificuldade de controle e do alto poder de destruição. Seu ataque às lavouras vai desde o início da emissão de botões florais até a colheita, e pode gerar de quatro a seis gerações durante um mesmo ciclo da cultura. Com a manutenção de flores e “maçãs” prejudicada, a energia da planta é direcionada para seu crescimento vegetativo, que se torna excessivo e se transforma em outro problema para o agricultor. 

Ácaros – A infestação inicial de ácaros ocorre em reboleiras e seu ataque causa prejuízo no desenvolvimento das folhas,  redução do ciclo e da carga das plantas, gerando “maçãs” pequenas e fibras de má qualidade. As duas principais espécies que prejudicam o algodoeiro são o ácaro-rajado (Tetranychus urticae) e o ácaro-branco (Polyphagotarsonemus latus). O primeiro ataca mais as folhas da parte mediana e inferior das plantas, gerando manchas avermelhadas a partir das nervuras e provocando necrose e queda. Já o outro prefere as folhas novas do ponteiro, com ataques que chegam a causar folhas pequenas com rasgadura. 

Pulgões – Há duas principais espécies dessas pragas que infestam o algodoeiro, a Aphis gossypii e a Myzus persicae. Ambas atacam as plantas, principalmente, nas brotações novas; causam danos diretos quando sugam a seiva das plantas, provocando encarquilhamento (enrugamento foliar) e deformação e danos indiretos, como o favorecimento da formação de fumagina e transmissão de viroses.

Lagartas – O poder destrutivo desses insetos pode causar prejuízos de bilhões de reais a cada safra, cenário que pode ficar mais grave sob o risco de desenvolverem resistência aos inseticidas se não for realizado o manejo correto de combate. Entre as principais lagartas que causam danos em botões florais e maçãs estão: lagarta rosada (Pectinophora gossypiella), lagarta militar (Spodoptera frugiperda), lagarta-das-maçãs (Chloridea virescens) e Helicoverpa armigera, e também se destaca o curuquerê (Alabama argillacea), que provoca o desfolhamento.

Percevejos – Como no caso das lagartas, este grupo também conta com diversas espécies que prejudicam a lavoura de algodão. Destaque para o percevejo rajado (Horcias nobilellus), que causa danos nos ramos e nas “maçãs”, e o percevejo manchador (Dysercus spp.), que danifica os capulhos. Também tem chamado a atenção o aparecimento crescente presença de percevejos-da-soja (Edessa meditabundaNezara viridulaEuschistus heros) no algodão.

 

Doenças
 

Ramularia – Também chamada de mancha-da-ramularia, a doença é causada pelo fungo Ramularia areola e pode gerar perdas de até 35% no rendimento das lavouras de algodão. Os níveis mais altos de prejuízo ocorrem em áreas com elevada umidade relativa do ar, altas temperaturas e em áreas onde não é realizada a rotação de culturas. Também pode impactar negativamente a qualidade das fibras, porque em casos mais graves causa desfolha das plantas exatamente na fase de formação das “maçãs”, levando à abertura precoce dos capulhos. 

Mancha angular – Causada pela bactéria Xanthomonas citri subsp. malvacearum, aparece em todas as regiões produtoras e tem alto potencial destrutivo. O sintoma inicial aparece na forma de lesões de coloração verde e aspecto oleoso. Conforme a doença avança, se tornam pardas e necrosadas. As nervuras principais das folhas podem apresentar manchas angulares e, nas “maçãs”, lesões arredondadas. 

Murcha de fusarium – Seu patógeno é o Fusarium oxysporum f. sp. vasinfectum, um fungo de solo, por isso o ataque começa pelas raízes, e a contaminação do terreno pode persistir por anos. Os sintomas iniciais são folhas com perda da turgescência, coloração amarela e queda. Plantas afetadas pela doença ficam menores, o que reduz o tamanho do capulho e o rendimento da lavoura. Plantas de variedades suscetíveis podem ter morte prematura. 

Damping-off, mela ou tombamento  Pode ser causada por vários patógenos, sendo os mais comuns Rhizoctonia solani e Colletotrichum gossypii. Sua ocorrência é generalizada em áreas produtoras de algodão. Ataca as plântulas do algodoeiro, causando o tombamento nas fases pré e pós-emergência das plântulas, levando-as à morte. É favorecida por alta umidade e temperatura entre 18°C e 30°C e tem as sementes como principal fonte de inóculo.

Ramulose – Doença causada pelo fungo Colletotrichum gossypii, pode infectar plantas de algodão em qualquer fase do desenvolvimento. Dependendo das condições da área cultivada, os danos podem chegar redução de até 80% da produção. Os sintomas começam a aparecer pelas folhas mais novas, como manchas necróticas que se transformam em perfurações, chamadas de mancha estrelada. Ainda se manifesta por meio de lesões enrugadas nas folhas.

Quer receber outros conteúdos, estudos exclusivos, ebooks e convites para eventos?

Leia mais:

Conheça as soluções da BASF para este cultivo:

600-02886299
© Koolstock
Model Release: No
Property Release: No

Cotton Crop, Cotton Plant Close-up, Australia
Cultura do Algodão | Proteção de Sementes e Cultivo
Confira como a BASF pode te auxiliar no manejo de algodão e as nossas soluções para esse cultivo. Aumente a sua produtividade e qualidade.
Fastac ® 100 SC | Bula e Informações do Inseticida para algodão e outros cultivos
Bula e Informações de Fastac ® 100 SC BASF,  o Inseticida para algodão e outros cultivos que evita que lagartas e o bicudo tirem o potencial produtivo da sua lavoura.
Homem segurando terra nas mãos BASF Brasil
Lista Completa de Distribuidores | BASF Brasil
Encontre um distribuidor da BASF mais perto de você e da sua região. Tenha acesso a lista completa de nossos distribuidores oficiais.