Agricultura
Algodão: Como identificar o bicudo do algodoeiro? | BASF
O bicudo-do-algodoeiro (Anthonomus grandis) é um dos maiores vilões do algodão, sobretudo por seu alto poder de destruição. Além de atacar as lavouras desde o início da emissão de botões florais até a colheita, pode apresentar de quatro a seis gerações durante um mesmo ciclo da cultura. De acordo com informações da Embrapa, existe ainda outro agravante: prejudica o desenvolvimento de flores e “maçãs” do algodoeiro, o que leva a planta a direcionar sua energia para o seu crescimento, que pode se tornar excessivo.
Quando adulto, o besouro mede entre 3 mm e 7 mm de comprimento e tem coloração cinza ou castanha. Apresenta rosto em forma de tromba que corresponde à metade do comprimento de seu corpo, daí o nome de “bicudo”. Costuma ser encontrado dentro de flores abertas ou protegidos pelas brácteas.
Um sinal de sua presença na lavoura está nos furos que aparecem nos botões florais e maçãs, tanto pela oviposição quanto pelo rastro da alimentação das larvas recém-eclodidas. No primeiro caso, ainda há uma substância gelatinosa excretada pela fêmea; no segundo, as perfurações ficam escuras devido à oxidação dos tecidos devido a injúria durante essa alimentação.
As larvas do bicudo são ápodas (sem pernas), e formato curvo e coloração de branco-leitosa a creme e medem entre 5 mm e 7 mm. Habitam o interior de botões, flores e maçãs, inclusive na fase pupal.
O crescimento excessivo das plantas do algodoeiro também pode ser um indício da infestação do inseto. Com um monitoramento eficiente das lavouras, o produtor identifica a presença da praga mesmo antes de quando atingir o nível de dano econômico.