Agricultura
Nunhems desenvolve híbridos de tomate resistentes ao vírus rugoso para o mercado brasileiro
- Mesmo em contato com o vírus, os híbridos produzem frutos que poderão ser comercializados
- Sementes resistentes já estão em desenvolvimento no Brasil pela Nunhems, marca de sementes e hortaliças da BASF
Com grandes impactos em lavouras por todo o mundo, o Vírus do Rugoso Castanho do Tomate (ToBRFV), tornou-se um dos maiores vilões da tomaticultura. As perdas produtivas podem chegar até 70% da lavoura, trazendo prejuízos aos agricultores e ao mercado mundial de tomates.
Ainda não existe um tratamento específico para combater a infecção de ToBRFV, por isso a Nunhems®, marca de sementes e hortaliças da BASF, desenvolve variedades de híbridos que possuem resistência contra o vírus. Estas sementes permitem que mesmo em contato, o tomate possa ser comercializado normalmente.
Desde 2020, a empresa desenvolveu 17 híbridos resistentes ao vírus rugoso que são comercializados em diferentes regiões do mundo. No Brasil, a empresa está testando quatro híbridos resistentes do tipo saladete: Blindon®, Strongton®, Azoviam® e o Brovian®.
“Além da produtividade e da sanidade vegetal, as variedades oferecem aspectos como sabor, coloração e aparência dentro das exigências do mercado de tomates”, comenta Antonio Pierro, líder de Pesquisa e Desenvolvimento para América do Sul da BASF. De acordo com o especialista, é importante ressaltar que a marca está desenvolvendo outros híbridos de tomate resistentes ao vírus rugoso. “A BASF também está pesquisando outras 20 novas variedades, que irão apoiar o agricultor e impulsionar a sua cultura, de forma sustentável e inovadora” finaliza Pierro.
Para esclarecer dúvidas sobre o tema, a Nunhems® lançou o portal A Batalha Contra o Rugoso, com informações sobre o vírus, formas de prevenção e dicas de como identificá-lo na lavoura.
Evolução do vírus pelo mundo
Após o primeiro caso, identificado na Jordânia, em 2014, acendeu-se um alerta para o ToBRFV, que logo alcançou outras lavouras de tomate pelo mundo. Europa, Ásia e África já registram casos da doença. Recentemente, o problema foi detectado em lavouras do norte da Argentina. Em alguns países o vírus já é endêmico, enquanto outros, como a Austrália e o Brasil, não identificaram lavouras infectadas.
Para oferecer soluções aos desafios enfrentados pelos agricultores, a BASF investe aproximadamente 950 milhões de euros por ano em pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias.
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Roberta Silveira | Gabriel Vitor